domingo, 28 de junho de 2020

Eliane de Grammont

(São Paulo/SP, 10 de agosto de 1955 ******* São Paulo/SP, 30 de março de 1981)

Eliane Aparecida de Grammont  foi uma cantora e compositora brasileira, tornada célebre por ter sido vítima de feminicíio por parte de seu ex-marido Lindomar Castilho, crime este que marcou a história do país como parte da campanha de combate à violência contra a mulher.
Era filha da compositora Elena de Grammont e seus irmãos, na maioria, seguiram a carreira jornalística e no rádio - caso de sua irmã Helena de Grammont, jornalista da rede Globo. Seu pai morrera de miocardiopatia, doença que também vitimou dois de seus irmãos.

Eliane de Grammont

Em 1977 Eliane conhecera na gravador RCA o cantor de boleros Lindomar Castilho, que então experimentava um grande sucesso popular, havendo vendido em um de seus LPs mais de 800 mil cópias - número bastante expressivo para a época. Após dois anos de namoro se casaram em 1979.
Sua família foi contra a união, mas ela contrariou os parentes para unir-se ao cantor. Também insistiu em que o casamento se desse pela separação de bens, para deixar claro que não estava com ele em razão de seu sucesso e fortuna. O cantor exigiu que ela parasse de cantar.
Durante o breve relacionamento o casal teve uma filha e, diante do abuso de álcool pelo cantor, dado a crises violentas de ciúme, episódios de agressão, separações e reconciliações, culminou com o desquite, após pouco mais de um ano de casamento, em 1980.

Eliane e Lindomar Castilho

Seis meses depois do casamento ela ainda tentou uma reconciliação, mas Lindomar exigira que ela assinasse um documento contendo dez compromissos, entre os quais pedir perdão à empregada que há anos trabalhava para ele e que fora motivo de brigas do casal.
Eliane havia descoberto que também era portadora a miocardiopatia que matara seus familiares, e ainda assim, tentou retomar a carreira como cantora. Foi então que recebeu o convite de Carlos Randall para se apresentar no café "Belle Époque", e com ele passou a ter um romance.
Eliane, que interrompera a carreira com o nascimento da filha, estava há cerca de um ano separada de Castilho e se apresentava num bar da capital paulista quando o cantor a alvejou com vários tiros, atingindo ainda o músico que a acompanhava, o violonista Carlos Roberto da Silva, ferido no abdome. Conhecido com o nome artístico de  Carlos Randall, o músico era primo do próprio Lindomar, que o levara para São Paulo em 1974. Lindomar desconfiava do envolvimento amoroso dele com sua ex-mulher, situação que foi agravada quando este também se separou da esposa. Após o crime, Lindomar tentou fugir mas foi detido e espancado por populares, que o amarraram até a chegada da polícia. Ferida mortalmente, Eliane chegou a ser levada a um pronto-socorro, mas ali chegou já sem vida.

Eliane de Grammont

Durante o julgamento a defesa de Lindomar explorou alegações de que a vítima era uma mãe que não cumpria com as suas obrigações, além de ser uma mulher infiel e de conduta reprovável. Durante o tempo em que durou o julgamento, mulheres protestavam diante do tribunal pelo direito à vida, e aos poucos homens foram se juntando para provocá-las, sob o argumento de um "direito" de matar em casos de "defesa da honra" masculina. Através de eufemismos então em voga, seu advogado Waldir Troncoso Perez arguiu que o réu agira tomado por "violenta emoção". Cinco dos sete jurados votaram pela condenação.









sexta-feira, 26 de junho de 2020

Paulinho Tapajós

(Rio de Janeiro/RJ, 17/08/1945 ******* Rio de Janeiro/RJ, 25/10/2013)

Filho de Norma e Paulo Tapajós. O pai, na época diretor artístico da Rádio Nacional, foi o responsável pelos primeiros contatos do filho com a música.
No entanto, a carreira artística de Paulinho começou enquanto ainda cursava Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1968 participou do projeto "Música Nova", que promovia encontros entre compositores e cantores para apresentações no Rio.
No mesmo ano registrou, em parceria com Arthur Verocai, a primeira música de sua autoria: "Madrugada", cantada por Magda.

Paulinho Tapajós

Nos anos seguintes, participou de diversos festivais de música, com destaque para sua terceira colocação no Festival Internacional da Canção, quando se apresentou com “Andança”. A composição, realizada em parceria com Edmundo Souto e Danilo Caymmi, se tornou um clássico da música brasileira.

Paulinho Tapajós

No começo dos anos 1970, Paulinho foi responsável por outros grandes hits que integraram trilhas sonoras de diversas novelas. "Irmãos Coragem", música de abertura de novela homônima, foi o maior sucesso, acompanhado de canções como "Assim na terra como no céu" e “Mon ami (Fatos e Fotos)".
Foi somente em 1972 que Tapajós deu inicío a carreira de intérprete. Gravou, ao lado da irmã, Dorinha, um compacto com músicas como "É natural", "O profeta" e "O triste". Seu último disco, "Preparando a Canção", foi lançado em 2008, contando com regravações de músicas próprias e algumas inéditas.

Paulinho Tapajós

Paulinho também usou seus talentos musicais na área da publicidade, criando jingles para campanhas, além de ser autor de diversos livros infantis.
Paulinho morreu aos 68 anos após lutar por seis contra um câncer. Foi enterrado no cemitério São João Batista, na sua cidade natal.

Fonte:: Ultimo segundo.





domingo, 22 de março de 2015

Inezita Barroso


(São Paulo/SP, 4/3/1925 ******** São Paulo/SP, 8/3/2015)

Inezita Barroso, pseudônimo de Ignez Magdalena Aranha de Lima foi, além de cantora e compositora, atriz, instrumentista, folclorista, professora e apresentadora de rádio e televisão brasileira, atuando também em shows, discos, cinema e teatro.
Nascida numa família aristocrática foi apaixonada pela cultura e, principalmente, pela música brasileira, Inezita começou a cantar e tocar violão e viola desde pequena, com sete anos. Estudiosa, matriculou-se no conservatório e aprendeu piano. Formou-se em biblioteconomia pela USP, antes de se tornar cantora profissional, na década de 50.

Inezita Barroso

Estreou como cantora em 1950, na Rádio Bandeirantes, de São Paulo, a convite de Evaldo Rui. Participou em seguida da transmissão inaugural da TV Tupi, canal 3, e trabalhou como cantora exclusiva da Rádio Nacional, de São Paulo, transferindo-se mais tarde para a Record. Ainda em 1950 participou do filme “Ângela”, dirigido por Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, e realizou recitais no T.B.C., no Teatro de Cultura Artística e no Teatro Colombo. Voltou a atuar em cinema em 1953, nos filmes “Destino em apuros” (direção de Ernesto Remani) e “Mulher de verdade” (direção de Alberto Cavalcanti). No ano seguinte, apareceu em “É proibido beijar”, de Ugo Lombardi, e “O craque”, de José Carlos Burle,

Inezita Barroso - 1926

Em 1953 gravou na Victor “Canto do mar” (Guerra-Peixe), “Marvada pinga” (Laureano), “Benedito pretinho” e “Dança do caboclo” (ambas de Heckel Tavares) e os sambas “Os estatutos da gafieira” (Billy Blanco) e “Isso e papel, João?” (Davi Raw e Cícero Galindo Machado). A partir de 1954 passou a apresentar-se semanalmente em programas folclóricos na TV Record, de São Paulo. Em 1955 atuou no filme Carnaval em lá maior (direção de Ademar Gonzaga) e, como atriz e cantora, representou o Brasil no Festival de Cinema de Punta del Este, Uruguai, viajando em seguida ao Paraguai.

Inezita Barroso - infância

Seu primeiro LP, “Inezita Barroso”, foi lançado pela Copacabana, também em 1955, com um repertório folclórico que incluía, entre outras, “Banzo” (Heckel Tavares e Murilo Araújo), “Funeral dum rei nagô” (Heckel Tavares e Murilo Araújo), “Viola quebrada” (Mário de Andrade) e “Mineiro tá me chamano” (Zé do Norte). Em seguida lançou os LPs “Canta Inezita”, “Coisas do meu Brasil” e “Lá vem o Brasil”. Nessa época, Jean Louis Barrault, Marian Anderson, Vittorio Gassmann e Roberto Ingles, em visita ao Brasil, levaram seus discos para a Europa, onde foram divulgados nas principais emissoras.
Em 1956 publicou seu livro Roteiro de um violão.
No ano de1969 ganhou troféu do I Festival de Folclore Sul-Americano, em Salinas, Uruguai.

Inezita Barroso - jovem

Em 1970 produziu um documentário que representou o Brasil na Expo70, no Japão.
Realizou programas especiais para o Uruguai, Paraguai, EUA, Israel, antiga URSS, França e Itália.
Ultrapassou a marca de cinqüenta anos de carreira e de oitenta discos gravados, entre 78 rpm, vinil e CDs.
Por vinte e seis anos comandou o programa de música caipira “Viola, Minha Viola”, pela TV Cultura de São Paulo.
Apresentou no SBT um programa musical, aos domingos pela manhã que levava seu nome.
A partir de 1990 passou a apresentar e a fazer a direção musical e folclórica do programa Estrela da Manhã, da Rádio Cultura AM, de São Paulo.

Inezita Barroso

Inezita Barroso foi reconhecida também como atriz de teatro e cinema. Por onde atuou, ela ganhou prêmios importantes, como o Troféu Roquette Pinto, como Melhor Cantora' de rádio; o prêmio Guarani, como melhor cantora em disco, além de ganhar também o Prêmio Saci de cinema. Em 2003, foi condecorada pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin com a Medalha Ipiranga, recebendo o título de comendadora da música raiz.
Desde a década de 80, Inezita Barroso ainda arranjava um espaço na agenda para dar aulas de folclore.
Lecionou nas faculdades Unifai e Unicapital, onde recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore Brasileiro.
Gravou CDs com o violeiro Roberto Corrêa e a Orquestra de Violas de São José dos Campos.

Inezita Barroso

Inezita esteve internada no hospital Sirio-Libanês desde o dia 19 de fevereiro, Completou 90 anos no hospital. A cantora deixou uma filha, Marta Barroso, três netos e cinco bisnetos.
Segundo a família, Inezita morreu em decorrência de uma insuficiência respiratória aguda e seu velóri foi realizado no Assembléia Legislativa de São Paulo. O enterro ocorreu no cemitério Gethsemani, no Morumbi. zona sul da cidade de São Paulo.

Fonte: site Mpbnet.com.br
















Gilda Lopes

(Porto Alegre/RS, 17/06/1937 ******* São Paulo/SP, 2009)

Em 1950, Gilda Lopes foi eleita a Rainha dos Estudantes Gaúchos. Os estudantes ficaram tão entusiasmados que quiseram, por sua vez, que ela fosse Miss Porto Alegre naquele mesmo ano. Gilda tinha, porém, 15 anos e, pelo regulamento, não poderia tirar o primeiro lugar. Conquistou, então, o segundo lugar.


Gilda Lopes


Alguns anos mais tarde, Gilda Lopes foi para a Itália, onde encantou vários rapazes, ganhando, em média, três serenatas por cidade que visitou.
Desde menina, Gilda Lopes adorava música, tanto de cantar como de compor.
Convidada, um dia, para participar de um programa da Rádio Roma, em homenagem ao Brasil, cantou “Lamento de Escravo”, de sua autoria. No dia seguinte recebeu, pelo telefone, duas propostas para gravar, uma da gravadora RCA, outra da gravadora Fonit.

Gilda Lopes

Cantou, depois, na TV (Musichieri, Noi Loro), no rádio (24.ª hora, Musicale), em boates famosas como a Open Gate e Kit Kat. Também foi convidade para fazer cinema, em uma co-produção ítalo-americana com Mamie Van Doren.
Em pouco tempo, Gilda Lopes era notícia na Itália, sendo tema de diversas reportagens nas revistas “Settimana”, “Il Tempo”, dentre outras. Mas ela queria fazer sucesso no Brasil. Por isso, em maio de 1959 desembarcou no Rio de Janeiro.



Gilda Lopes


Gravou, então, um disco lançado em 1960, “Lola” (versão) & “Delírio” (de sua autoria e Roberto Kelly).
Gilda Lopes estudou piano e ballet dos 5 aos 14 anos, além de sapateado e castanholas. Também sempre gostou de literatura, principalmente os dos escritores inglsesJames Hilton, Somerset Maugham, Aldous Huxley e Bernard Shaw. Adora Beethoven, Bach e Chopin.
Dotada de uma voz excepcional, Gilda Lopes dedicou ao gênero da ópera com a mesma soltura com que sempre interpretou qualquer tipo de música.

Gilda Lopes

Em 1962, Gilda Lopes gravou um LP que incluiu o seu maior sucesso, "O Trovador de Toledo", versão de "El Arlequín de Toledo", junto a outros grandes sucessos: A Hora do amor, Padre Don José, Tormento de amor, Ba-ba-la-ô, Não, Eu Não Vou Ter Saudade (o sucesso de Edith Piaf Non je ne regrette Rien), De degrau em degrau, Nasci para ti, Balada do adeus, Apaixonada, Agonia, Quero paz.

Gilda Lopes

Em fins de 1962 seu filho perdeu um braço em um acidente rodoviário. Sentindo-se culpada por haver sugerido a viagem de ônibus no lugar do avião, por temer um acidente aéreo, foi morar nos Estados Unidos, para acompanhar o tratamento. Acabou abandonando a carreira artística.


Fontes: Blog Cifra Antiga; Site Rockolafree; Memória Viva.











sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ana Lúcia

(Blumenau/SC,   ******  Florianópolis/SC, 24/06/2011)

Ana Lúcia (Anna Lúcia Buchele da Silva e Souza) nasceu em Santa Catarina.

Ana Lúcia
Cantora Catarinense revelada em São Paulo na era da bossa nova, Ana Lúcia gravou de 1959 a 1964 três LPs. Dois deles foram recentemente relançados na forma de CD sendo que o "Ana Lúcia Canta Triste" foi considerado pela conceituada revista "Rolling Stones"um dos melhores lançamentos dos últimos anos.

Em 1959 gravou o LP "Ana Lúcia", pela gravadora Chantecler, destacando-se de imediato como uma das boas cantoras surgidas com a Bossa Nova. Nesse disco ela gravou, entre outros, clássicos como "Porque Tinha de Ser" (Tom Jobim / Vinícius de Moraes), "Esquecendo Você" (Tom Jobim) e "Da Cor do Pecado" (Bororó). 

Em 1961 gravou o segundo LP, pela gravadora Philips, "O Encanto de Anna Lúcia" , com "Água de Beber", "Ilusão à Toa" e "Tema do Boneco de Palha", uma de suas gravações mais conhecidas. 

Ana Lúcia
Em 1962 apresentou-se ao lado de Oscar Catro Neves, no célebre concerto de bossa nova no Carneggie Hall, cantando a música "Ah, Se Eu Pudesse", sendo que essa apresentação foi gravada e lançada no LP "Bossa Nova At Carneggie Hall", lançado em 1963.

Em 1964 fez uma participação especial no LP de Geraldo Vandré desse ano, cantando em dupla com ele a música "Samba em Prelúdio", gravação que fez grande sucesso na ocasião, antes da famosa gravação realizada pouco depois por Vinícius de Moraes e Odete Lara.

Ana Lúcia participou ativamente na música brasileira na época da bossa nova tendo, dentre outras coisas, sido convidada especial no antológico show do " Carnegie Hall" em 1962.

Ana Lúcia
Em 1968 cantou no festival internacional da canção no Maracanazinho (Rio de Janeiro). Dentre suas gravações de sucesso destacam-se “Carinhoso” e “O Que Tinha Que Ser”.

Após o lançamento de seu último LP afastou-se da vida artística para dedicar-se ao casamento. Nos anos seguintes foi proprietária de um restaurante.

Ana Lúcia faleceu em 2011.

Fonte: Site Cantoras do Brasil.

                                 Ana Lúcia Canta Triste (completo)


domingo, 4 de maio de 2014

Márcio José

(Belo Horizonte/MG, 18/11/1942  ******  Rio de Janeiro/RJ, 31/8/2002)

Márcio José
José Marcio Loreno de Assumpção, ou Márcio José, ainda menino de oito anos de idade, já cantava em todas as festas de seu colégio. Estudou piano e fez parte do Bando dos Cariúnas, juntamente com Helvius Vilela. No início dos anos de 1960, participou dos movimentos da música popular brasileira, ainda em Belo Horizonte (MG), onde conheceu Milton Nascimento, Paulinho Paiva, Nivaldo Ornelas, Paschoal Meirelles e Marcio Borges, entre outros.

Iniciou sua carreira profissional apresentando-se em casas noturnas, na Rádio Guarani, na Rádio Inconfidência e na TV Itacolomi, onde conheceu Clara Nunes e Rosana Toledo. Integrou a Banda Bacana, com Aécio Flávio, Chiquinho Braga e Waltinho, e o grupo Gemini 7, com o qual gravou um LP com Eduardo Prates e Paulinho Horta. Em 1969, participou do Festival Internacional da Canção, interpretando uma composição de Toninho Horta e Marcio Borges. No ano seguinte, transferiu residência para o Rio de Janeiro, como convidado da Orquestra de Ed Maciel. 

Márcio José
Entre 1975 e 1977, atuou em várias casas noturnas cariocas como 706 (com Djavan, Emílio Santiago, Áurea Martins e Leila Rocha), Vivará, Monsieur Pujol (com Miéle e Bôscoli) e Number One (com Alcione, Djavan, Áurea Martins e Osmar Milito). Em 1980, trabalhou no Teclado Piano Bar, com Luiz Eça, e mais tarde no Biblo's Bar, onde atuou durante quatro anos. Em 1985, viajou para os Estados Unidos, divulgando a música popular brasileira nas universidades norte-americanas, ao lado de Eduardo Prates, Romero Lubambo, Raul de Souza, Lúcio Nascimento e Pery Ribeiro. Apresentou-se, ainda, em casas noturnas de Washington e Nova York. 

Márcio José
Seu grande sucesso nas paradas musicais ocorreu na década de 70, com a música "O Telefone Chora". Na canção aparecia a voz de uma menina, sem citação nenhuma no encarte do disco. Tempos depois corrijimos essa omissão. A voz da menina é da atriz e dubladora Aliomar de Matos, dubladora da atriz Sally Field, no seriado "Noviça Voadora".

Márcio José
De volta ao Brasil, passou a atuar em orquestras como Cuba Libre, Ed Maciel e Estudantina, e como vocalista de vários discos gravados no Studio Level da Globo. Interrompeu sua carreira artística em 1996, devido a problemas de saúde.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

                                                Márcio José - "O Telefone Chora"


                                            Márcio José - "Pra Que Não Me Esqueças"




domingo, 27 de abril de 2014

Nelson Ned

( Ubá/MG, 2 de março de 1947  ******  Cotia/SP, 5 de janeiro de 2014)

O cantor e compositor Nelson Ned d'Ávila Pinto, mais conhecido como Nelson Ned, nasceu em Ubá, estado de Minas Gerais.


Nelson Ned
Nos anos 60, Nelson Ned começou a se apresentar e gravar discos, inclusive nos países da América Latina, onde é extremamente popular.

Com repertório voltado para a música romântica, seus shows atraem multidões em estádios e teatros.

Como compositor, já teve músicas gravadas por Moacyr Franco, Antônio Marcos, Agnaldo Timóteo e outros.


Nelson Ned
Ganhou Discos de Ouro no Brasil e já se apresentou algumas vezes no Carnegie Hall, em Nova York.

A partir de 1993, Nelson Ned passou a cantar músicas evangélicas, após ter-se convertido.
Lançou em 1996 a biografia "O Pequeno Gigante da Canção", uma referência à sua condição de anão.


Nelson Ned
Internacionalmente, foi o primeiro artista da América Latina a vender um milhão de discos nos Estados Unidos com o sucesso "Happy Birthday My Darling" (Feliz aniversário meu amor) em 1974.

Em 2008, apresentou sérios problemas de saúde e financeiros.
Com apenas 1,12 de altura e 92 quilos, o cantor lutou para emagrecer e controlar o diabetes e o colesterol. Porém, o que agravou sua saúde foram a obesidade e o inchaço, difíceis de serem tratados por falta de recursos financeiros.


Nelson Ned
Conhecido como O Pequeno Gigante da Canção, Nelson Ned foi o único artista da América Latina a lotar quatro vezes o Carnegie Hall. 

Com sucessos um atrás do outro, entre eles a música "Tudo Passará", veio também a dependência pelas drogas e o fundo do poço, com a conseqüente perda de toda a sua fortuna. Na década de 90, ele tentou dar a volta por cima, tornando-se evangélico e gravando músicas Gospel, mas as dificuldades de locomoção (freqüentemente precisava da ajuda de uma cadeira de rodas) e as fortes dores o impediram de permanecer no palcos.


Nelson Ned
Apesar de Nelson Ned não gostar de falar de seu drama, o amigo cantor e vereador Agnaldo Timóteo, que ele conhecia desde a década de 60, fez uma campanha com o objetivo de angariar pelo menos R$ 50 mil para ajudar no seu tratamento médico.
“Toda sua fortuna foi perdida com as drogas. Mesmo recuperado desse vício, hoje ele não consegue voltar a fazer shows, porque a falta de saúde o impede. O Nelson precisa ser internado em uma clínica para emagrecer, fazer as cirurgias necessárias, controlar o colesterol e voltar a cantar. E sua permanência lá deve ser de pelo menos seis meses”, explicou Timóteo ao site OFuxico.


Nelson Ned - 2008
Agnaldo Timóteo contou ainda que pediu ajuda a diversos artistas, entre eles Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho & Xororó, Bruno & Marrone, Gugu, Hebe, Faustão, Tom Cavalcante e Xuxa. Nenhum deles, porém, respondeu.

“Acredito que eles nem chegaram a saber do assunto, pois são pessoas generosas. Provavelmente, seus assessores barraram minha mensagem”, desabafou Timóteo.
De acordo com Timóteo, Silvio Santos e Sônia Abrão prometeram ajudar. O cantor Daniel, disse ele, também foi procurado e até ofereceu ajuda. Só que o dinheiro oferecido pelo artista gerou polêmica. Agnaldo considerou pífia a importância oferecida.

“Ele deu R$ 2 mil, e eu devolvi. Não aceito só isso, pois ele ganha milhões”, disse Timóteo.

O incidente acabou gerando uma saia justa entre os dois.


Nelson Ned - 2008
“O Daniel respondeu que R$ 2 mil é um valor muito acima do salário mínimo, que sustenta milhões de famílias. Mas cada um vive como pode”, insiste Timóteo.
Até Jô Soares entrou na história. Segundo Timóteo, uma secretária o procurou, para dizer que o apresentador da Globo se solidarizou com o que soube e prometeu colaborar.

O empenho de Timóteo tem uma razão de ser: os dois são conterrâneos (nasceram em Minas Gerais) e começaram a carreira juntos, em Belo Horizonte. “Fomos calouros juntos. Ele cantava músicas do Nelson Gonçalves, e eu do Caubi Peixoto”.

Timóteo disse também que, abandonado pelos filhos, Nelson Ned foi ajudado por ele.

“Não quero revelar valores, mas faço o que posso. De mim, o que ele já recebeu, daria para comprar um carro novo”, finalizou.


Nelson Ned - 2012
No final de 2008, Nelson Ned esteve no programa "Nada Mais do que a Verdade", apresentado por Sílvio Santos.

Após uma discussão com a mulher Maria Aparecida (Cida), Nelson Ned, já doente, foi levado pela irmã.  Passou a morar em uma clínica em São Roque, interior de São Paulo, amparado pela irmã, que cuidou de todos os seus negócios, Nelson Ned sofreu com a idade e as consequências do derrame, sofrido há alguns anos atrás.

Nelson morreu aos 66 anos, em decorrência de complicações derivadas de uma pneumonia, no Hospital regional de Cotia, em São Paulo.

Fontes: Sites Wikipedia; OFuxico.

                                          Nelson Ned - "Tudo Passará"



                                        Nelson Ned - "Domingo à Tarde"



                                  Nelson Ned - "Happy Birthday To You, My Love"



                          Nelson Ned e Moacyr Franco - Esse Meu Coração Sem Juizo" - 1976