domingo, 4 de maio de 2014

Márcio José

(Belo Horizonte/MG, 18/11/1942  ******  Rio de Janeiro/RJ, 31/8/2002)

Márcio José
José Marcio Loreno de Assumpção, ou Márcio José, ainda menino de oito anos de idade, já cantava em todas as festas de seu colégio. Estudou piano e fez parte do Bando dos Cariúnas, juntamente com Helvius Vilela. No início dos anos de 1960, participou dos movimentos da música popular brasileira, ainda em Belo Horizonte (MG), onde conheceu Milton Nascimento, Paulinho Paiva, Nivaldo Ornelas, Paschoal Meirelles e Marcio Borges, entre outros.

Iniciou sua carreira profissional apresentando-se em casas noturnas, na Rádio Guarani, na Rádio Inconfidência e na TV Itacolomi, onde conheceu Clara Nunes e Rosana Toledo. Integrou a Banda Bacana, com Aécio Flávio, Chiquinho Braga e Waltinho, e o grupo Gemini 7, com o qual gravou um LP com Eduardo Prates e Paulinho Horta. Em 1969, participou do Festival Internacional da Canção, interpretando uma composição de Toninho Horta e Marcio Borges. No ano seguinte, transferiu residência para o Rio de Janeiro, como convidado da Orquestra de Ed Maciel. 

Márcio José
Entre 1975 e 1977, atuou em várias casas noturnas cariocas como 706 (com Djavan, Emílio Santiago, Áurea Martins e Leila Rocha), Vivará, Monsieur Pujol (com Miéle e Bôscoli) e Number One (com Alcione, Djavan, Áurea Martins e Osmar Milito). Em 1980, trabalhou no Teclado Piano Bar, com Luiz Eça, e mais tarde no Biblo's Bar, onde atuou durante quatro anos. Em 1985, viajou para os Estados Unidos, divulgando a música popular brasileira nas universidades norte-americanas, ao lado de Eduardo Prates, Romero Lubambo, Raul de Souza, Lúcio Nascimento e Pery Ribeiro. Apresentou-se, ainda, em casas noturnas de Washington e Nova York. 

Márcio José
Seu grande sucesso nas paradas musicais ocorreu na década de 70, com a música "O Telefone Chora". Na canção aparecia a voz de uma menina, sem citação nenhuma no encarte do disco. Tempos depois corrijimos essa omissão. A voz da menina é da atriz e dubladora Aliomar de Matos, dubladora da atriz Sally Field, no seriado "Noviça Voadora".

Márcio José
De volta ao Brasil, passou a atuar em orquestras como Cuba Libre, Ed Maciel e Estudantina, e como vocalista de vários discos gravados no Studio Level da Globo. Interrompeu sua carreira artística em 1996, devido a problemas de saúde.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

                                                Márcio José - "O Telefone Chora"


                                            Márcio José - "Pra Que Não Me Esqueças"




domingo, 27 de abril de 2014

Nelson Ned

( Ubá/MG, 2 de março de 1947  ******  Cotia/SP, 5 de janeiro de 2014)

O cantor e compositor Nelson Ned d'Ávila Pinto, mais conhecido como Nelson Ned, nasceu em Ubá, estado de Minas Gerais.


Nelson Ned
Nos anos 60, Nelson Ned começou a se apresentar e gravar discos, inclusive nos países da América Latina, onde é extremamente popular.

Com repertório voltado para a música romântica, seus shows atraem multidões em estádios e teatros.

Como compositor, já teve músicas gravadas por Moacyr Franco, Antônio Marcos, Agnaldo Timóteo e outros.


Nelson Ned
Ganhou Discos de Ouro no Brasil e já se apresentou algumas vezes no Carnegie Hall, em Nova York.

A partir de 1993, Nelson Ned passou a cantar músicas evangélicas, após ter-se convertido.
Lançou em 1996 a biografia "O Pequeno Gigante da Canção", uma referência à sua condição de anão.


Nelson Ned
Internacionalmente, foi o primeiro artista da América Latina a vender um milhão de discos nos Estados Unidos com o sucesso "Happy Birthday My Darling" (Feliz aniversário meu amor) em 1974.

Em 2008, apresentou sérios problemas de saúde e financeiros.
Com apenas 1,12 de altura e 92 quilos, o cantor lutou para emagrecer e controlar o diabetes e o colesterol. Porém, o que agravou sua saúde foram a obesidade e o inchaço, difíceis de serem tratados por falta de recursos financeiros.


Nelson Ned
Conhecido como O Pequeno Gigante da Canção, Nelson Ned foi o único artista da América Latina a lotar quatro vezes o Carnegie Hall. 

Com sucessos um atrás do outro, entre eles a música "Tudo Passará", veio também a dependência pelas drogas e o fundo do poço, com a conseqüente perda de toda a sua fortuna. Na década de 90, ele tentou dar a volta por cima, tornando-se evangélico e gravando músicas Gospel, mas as dificuldades de locomoção (freqüentemente precisava da ajuda de uma cadeira de rodas) e as fortes dores o impediram de permanecer no palcos.


Nelson Ned
Apesar de Nelson Ned não gostar de falar de seu drama, o amigo cantor e vereador Agnaldo Timóteo, que ele conhecia desde a década de 60, fez uma campanha com o objetivo de angariar pelo menos R$ 50 mil para ajudar no seu tratamento médico.
“Toda sua fortuna foi perdida com as drogas. Mesmo recuperado desse vício, hoje ele não consegue voltar a fazer shows, porque a falta de saúde o impede. O Nelson precisa ser internado em uma clínica para emagrecer, fazer as cirurgias necessárias, controlar o colesterol e voltar a cantar. E sua permanência lá deve ser de pelo menos seis meses”, explicou Timóteo ao site OFuxico.


Nelson Ned - 2008
Agnaldo Timóteo contou ainda que pediu ajuda a diversos artistas, entre eles Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho & Xororó, Bruno & Marrone, Gugu, Hebe, Faustão, Tom Cavalcante e Xuxa. Nenhum deles, porém, respondeu.

“Acredito que eles nem chegaram a saber do assunto, pois são pessoas generosas. Provavelmente, seus assessores barraram minha mensagem”, desabafou Timóteo.
De acordo com Timóteo, Silvio Santos e Sônia Abrão prometeram ajudar. O cantor Daniel, disse ele, também foi procurado e até ofereceu ajuda. Só que o dinheiro oferecido pelo artista gerou polêmica. Agnaldo considerou pífia a importância oferecida.

“Ele deu R$ 2 mil, e eu devolvi. Não aceito só isso, pois ele ganha milhões”, disse Timóteo.

O incidente acabou gerando uma saia justa entre os dois.


Nelson Ned - 2008
“O Daniel respondeu que R$ 2 mil é um valor muito acima do salário mínimo, que sustenta milhões de famílias. Mas cada um vive como pode”, insiste Timóteo.
Até Jô Soares entrou na história. Segundo Timóteo, uma secretária o procurou, para dizer que o apresentador da Globo se solidarizou com o que soube e prometeu colaborar.

O empenho de Timóteo tem uma razão de ser: os dois são conterrâneos (nasceram em Minas Gerais) e começaram a carreira juntos, em Belo Horizonte. “Fomos calouros juntos. Ele cantava músicas do Nelson Gonçalves, e eu do Caubi Peixoto”.

Timóteo disse também que, abandonado pelos filhos, Nelson Ned foi ajudado por ele.

“Não quero revelar valores, mas faço o que posso. De mim, o que ele já recebeu, daria para comprar um carro novo”, finalizou.


Nelson Ned - 2012
No final de 2008, Nelson Ned esteve no programa "Nada Mais do que a Verdade", apresentado por Sílvio Santos.

Após uma discussão com a mulher Maria Aparecida (Cida), Nelson Ned, já doente, foi levado pela irmã.  Passou a morar em uma clínica em São Roque, interior de São Paulo, amparado pela irmã, que cuidou de todos os seus negócios, Nelson Ned sofreu com a idade e as consequências do derrame, sofrido há alguns anos atrás.

Nelson morreu aos 66 anos, em decorrência de complicações derivadas de uma pneumonia, no Hospital regional de Cotia, em São Paulo.

Fontes: Sites Wikipedia; OFuxico.

                                          Nelson Ned - "Tudo Passará"



                                        Nelson Ned - "Domingo à Tarde"



                                  Nelson Ned - "Happy Birthday To You, My Love"



                          Nelson Ned e Moacyr Franco - Esse Meu Coração Sem Juizo" - 1976