Eliane Aparecida de Grammont foi uma cantora e compositora brasileira, tornada célebre por ter sido vítima de feminicíio por parte de seu ex-marido Lindomar Castilho, crime este que marcou a história do país como parte da campanha de combate à violência contra a mulher.
Era filha da compositora Elena de Grammont e seus irmãos, na maioria, seguiram a carreira jornalística e no rádio - caso de sua irmã Helena de Grammont, jornalista da rede Globo. Seu pai morrera de miocardiopatia, doença que também vitimou dois de seus irmãos.
Eliane de Grammont |
Em 1977 Eliane conhecera na gravador RCA o cantor de boleros Lindomar Castilho, que então experimentava um grande sucesso popular, havendo vendido em um de seus LPs mais de 800 mil cópias - número bastante expressivo para a época. Após dois anos de namoro se casaram em 1979.
Sua família foi contra a união, mas ela contrariou os parentes para unir-se ao cantor. Também insistiu em que o casamento se desse pela separação de bens, para deixar claro que não estava com ele em razão de seu sucesso e fortuna. O cantor exigiu que ela parasse de cantar.
Durante o breve relacionamento o casal teve uma filha e, diante do abuso de álcool pelo cantor, dado a crises violentas de ciúme, episódios de agressão, separações e reconciliações, culminou com o desquite, após pouco mais de um ano de casamento, em 1980.
Sua família foi contra a união, mas ela contrariou os parentes para unir-se ao cantor. Também insistiu em que o casamento se desse pela separação de bens, para deixar claro que não estava com ele em razão de seu sucesso e fortuna. O cantor exigiu que ela parasse de cantar.
Durante o breve relacionamento o casal teve uma filha e, diante do abuso de álcool pelo cantor, dado a crises violentas de ciúme, episódios de agressão, separações e reconciliações, culminou com o desquite, após pouco mais de um ano de casamento, em 1980.
Eliane e Lindomar Castilho |
Seis meses depois do casamento ela ainda tentou uma reconciliação, mas Lindomar exigira que ela assinasse um documento contendo dez compromissos, entre os quais pedir perdão à empregada que há anos trabalhava para ele e que fora motivo de brigas do casal.
Eliane havia descoberto que também era portadora a miocardiopatia que matara seus familiares, e ainda assim, tentou retomar a carreira como cantora. Foi então que recebeu o convite de Carlos Randall para se apresentar no café "Belle Époque", e com ele passou a ter um romance.
Eliane, que interrompera a carreira com o nascimento da filha, estava há cerca de um ano separada de Castilho e se apresentava num bar da capital paulista quando o cantor a alvejou com vários tiros, atingindo ainda o músico que a acompanhava, o violonista Carlos Roberto da Silva, ferido no abdome. Conhecido com o nome artístico de Carlos Randall, o músico era primo do próprio Lindomar, que o levara para São Paulo em 1974. Lindomar desconfiava do envolvimento amoroso dele com sua ex-mulher, situação que foi agravada quando este também se separou da esposa. Após o crime, Lindomar tentou fugir mas foi detido e espancado por populares, que o amarraram até a chegada da polícia. Ferida mortalmente, Eliane chegou a ser levada a um pronto-socorro, mas ali chegou já sem vida.
Eliane, que interrompera a carreira com o nascimento da filha, estava há cerca de um ano separada de Castilho e se apresentava num bar da capital paulista quando o cantor a alvejou com vários tiros, atingindo ainda o músico que a acompanhava, o violonista Carlos Roberto da Silva, ferido no abdome. Conhecido com o nome artístico de Carlos Randall, o músico era primo do próprio Lindomar, que o levara para São Paulo em 1974. Lindomar desconfiava do envolvimento amoroso dele com sua ex-mulher, situação que foi agravada quando este também se separou da esposa. Após o crime, Lindomar tentou fugir mas foi detido e espancado por populares, que o amarraram até a chegada da polícia. Ferida mortalmente, Eliane chegou a ser levada a um pronto-socorro, mas ali chegou já sem vida.
Eliane de Grammont |
Durante o julgamento a defesa de Lindomar explorou alegações de que a vítima era uma mãe que não cumpria com as suas obrigações, além de ser uma mulher infiel e de conduta reprovável. Durante o tempo em que durou o julgamento, mulheres protestavam diante do tribunal pelo direito à vida, e aos poucos homens foram se juntando para provocá-las, sob o argumento de um "direito" de matar em casos de "defesa da honra" masculina. Através de eufemismos então em voga, seu advogado Waldir Troncoso Perez arguiu que o réu agira tomado por "violenta emoção". Cinco dos sete jurados votaram pela condenação.