(Sapucaia/RJ, 30/10/1925 ******** Rio de Janeiro/RJ, 30/9/2010)
Antônio Medeiros Francisco era o nome de batismo do cantor Bill Farr.
Passou a infância em Petrópolis, RJ. Ainda estudante do Colégio Werneck, naquela cidade, organizou um grupo vocal. Depois que terminou seu curso científico, ingressou na carreira artística.
Começou como crooner no Hotel Quitandinha, em Petrópolis, RJ, interpretando músicas brasileiras e internacionais. Depois, por intermédio de César de Alencar, passou a atuar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Participou dos programas "Gente Nova", de Celso Guimarães, "Programa César de Alencar", "Um milhão de melodias" e "Orquestra melódica".
Integrou a orquestra de Ferreira Filho como crooner. Gravou em 1952 o primeiro disco em 78 rpm pela Sinter com "Abraça-me", um samba de Luís Bittencourt e "Depois do amor", bolero de José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago. Participou como ator, no mesmo ano, nos filmes "Barnabé, tu és meu" e "Carnaval Atlântida", ambos do diretor José Carlos Burle que o lançou como galã do cinema nacional.
Em 1953, gravou a marcha "Tomara que caia", de Pedro Caetano e Carlos Barroso e o samba "Vai saudade", de Humberto Teixeira e Felícia de Godoy. Transferiu-se para a gravadora Continental por intermédio de Bené Nunes, onde gravou com sucesso, no ano de 1954, o fox "Oh", de Byron Gray e Arnold Johnson, com versão de Haroldo Barbosa que ficou meses a fio como um dos discos mais vendidos do ano.
No mesmo período, gravou o samba "Podem falar", de Antônio Maria e Ismael Neto, a cançoneta "Coisas de Paris", de Haroldo Barbosa e o fox-trot "Zum-zum-zum", de Lúcio Alves. No ano seguinte, lançou a marcha "Tira a boca do caminho", de Mário Lago e Chocolate. Gravou também o fox-polca "A casa do Nicola", de João de Barro e o samba canção "O que é amar", de Johnny Alf.
Em 1956 gravou com Emilinha Borba, com arranjos de João de Barro, o fox-marcha "Bate o bife". No mesmo ano, gravou os sambas "Só errando o português", de Lúcio Alves e "Sonho desfeito", de Armando Cavalcânti, Antônio Carlos Jobim e Paulo Soledade. Em 1957 gravou os sambas "Vamos beber", de Paquito, Nelson Boexi e Romeu Gentil e "Não me jogue fora", de Aldacir Louro e Avaré, a "Toada do burrinho", de Catulo de Paula e Hermenegildo Francisco e a valsa "Mulher ideal", de Klécius Caldas e Armando Cavalcânti.
Em 1958 lançou o bolero "Vencida", do maestro Eduardo Patané e os sambas canção "Eu não existo sem você", de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes e "Canção para ninar gente grande", de Antônio Maria e Evaldo Gouveia. Em 1959 gravou "Mais um samba popular", de Ataulfo Alves e "Manhã de carnaval", de Luiz Bonfá e Antônio Maria.
Em 1960 gravou o clássico samba "Mulher de 30", de Luiz Antônio. Em 1961, lançou seu último disco, interpretando a marcha "Passarela", de Jota Jr. e Castelo e o samba "Lá vem Mangueira", de Paquito, Romeu Gentil e Paulo Gracindo.
No início da década de 60, trocou a carreira de cantor pelo comércio exterior, indo para Madri, Espanha, trabalhar em um escritório brasileiro.
Aos 80 anos, participou do septuagésimo aniversário da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, ao lado de antigos funcionários, produtores e artistas da rádio, como Marlene, Jorge Goulart, Ademilde Fonseca, Daisy Lúcidi e Gerdau dos Santos.
Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB e Wikipédia.
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