(Uberaba/MG, 1947 ******* Salvador/BA, 26/6/2012)
Cantor, compositor e violeiro, Dércio Marques nasceu em Minas Gerais, mudando-se mais tarde para São Paulo.
Apresentou-se em diversas cidades do interior acompanhado da irmã Dorothy. Lançou o primeiro disco em 1977, pelo selo Marcus Pereira, com o título de "Terra, vento, caminho", no qual interpreta entre outras, "O menino", de Atahualpa Yupangui, com adaptação sua, "As curvas do rio", de Elomar, "Glória de Sá", de sua autoria e "Árvore", sua e de Chico Gaudio.
Em 1979, lançou pelo selo Copacabana o disco "Canto forte-Coro da primavera", do qual tomaram parte os músicos Oswaldinho do Acordeom e Heraldo, ex-integrante do Quarteto Novo. Contou também com a participação da Orquestra de Violeiros de Osasco que tocou a toada brejeira "Natureza", de Dino Franco. Destacam-se ainda no disco, as composições "Sabiá", de João do Vale, Luis Di França e José Candido, "Arrumação", de Elomar, "Decisão", do próprio Dercio e Manuel Bezerra, "Pobre do cantor", do cubano Silvio Rodrigues com adaptação de Dercio Marques e "Companheiro", conto do folclore mineiro recolhida por Chico Alves da Silva, entre outras. Como produtor lançou a cantora Diana Pequeno e o violeiro Elomar.
Em 1996 foi indicado para o prêmio Sharp de meljor disco infantil com "Monjolear", gravado em Uberlândia (MG), com 240 crianças.
Em seu disco "Folias do Brasil" de 2000, ano de comemoração dos +500 anos, registra aspectos desta secular tradição da folia de Reis e folia do Divino que teve origem em Portugal no século XIII (segundo o prof. Agostinho da Silva), foi banida pela Igreja Católica no tempo da Inquisição, migrou para ilhas dos Açores, chegando ao Brasil com esse povo açoreano e espalhando-de por todas as regiões do país, principalmente Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro.
Dércio Marques morreu por insuficiência renal, devido a complicações de um câncer no pâncreas. O cantor permaneceu internado por três semanas no Hospital Ana Nery, onde se recuperava da operação de retirada do pâncreas, vesícula e baço.
Segundo Sônia Machado, secretária do músico, Dércio Marques começou a dar sinais da doença em dezembro de 2011, mas só no início de 2012 foi diagnosticado com câncer. O corpo do compositor foi velado no cemitério Jardim da Saudade cremado no mesmo local.
Dércio Marques alternava sua residência entre sua cidade natal, Uberaba, no Triângulo Mineiro, e Salvador. Ele deixou uma companheira e quatro filhos.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB, Wikipédia e Terra.
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