sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sidney Miller

(Rio de Janeiro/RJ, 18/4/1945 ******* Rio de Janeiro, 16/7/1980)

Batizado como Sidney Álvaro Miller Filho, o cantor e compositor, nascido em Santa Teresa, começou a compor aos 17 anos de idade.

Teve seu trabalho como compositor registrado pela primeira vez em 1965, com a gravação de "Queixa", samba feito em parceria com Zé Kéti e Paulo Tiago.

Mal completara 20 anos, esse estudante de Sociologia e Economia já tinha composições premiadas em festivais ("Queixa", parceria com Zé Kéti e Paulo Thiago; e a interiorana "A estrada e o violeiro") e gravadas por Nara Leão ("Pede passagem") e Gal Costa ("Maria Joana", de "Domingo", disco de estreia da cantora com Caetano Veloso). Quando foi convidado pelo selo Elenco para gravar seu LP (com as faixas acima, à exceção de "Queixa"), sua produção já era bem conhecida dos intérpretes.

Entre as músicas de "Sidney Miller", a mais conhecida é "O circo", gravada em 1977 por Marília Barbosa e pinçada para abrir a novela "À sombra dos laranjais", da TV Globo.

Participou dos seguintes festivais de música:

1965: I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior (SP), com a canção "Queixa" (c/ Zé Kéti e Paulo Tiago), interpretada por Cyro Monteiro e classificada em 4º lugar;

1967: III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP), com a canção "A estrada e o violeiro", interpretada por Nara Leão e por ele mesmo, que recebeu o prêmio de Melhor Letra;

1968: I Festival de Juiz de Fora (MG), com a canção "Sem assunto", interpretada por Cynara e Cybele e classificada em 1º lugar.

No teatro, participou, como compositor, ao lado de Theo de Barros, Caetano Veloso e Gilberto Gil, da trilha sonora da peça "Arena conta Tiradentes", de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, apresentada em 1967.

No ano seguinte, organizou, com Paulo Afonso Grisolli, o espetáculo "Yes, nós temos Braguinha", com o compositor João de Barro, montado no Teatro Casa Grande (RJ). Ainda nesse ano, relançou, com Grisolli, a cantora Marlene, no show "Carnavália", que contou com a participação da cronista Eneida. O espetáculo, apresentado no Teatro Casa Grande (RJ), foi gravado em dois LPs para o Museu da Imagem e do Som, com produção de Ricardo Cravo Albin.

Em 1969, organizou o espetáculo "Alice no país do divino maravilhoso", ao lado de Paulo Afonso Grisolli, Tite de Lemos, Luís Carlos Maciel, Sueli Costa, Marcos Flaksmann e Marlene.

Compôs, em 1972, a trilha sonora da peça "Por mares nunca dantes navegados", de Orlando Miranda, apresentada no Teatro Municipal (RJ).

Em 1974, compôs a música da peça "A torre em concurso", de Joaquim Manuel de Macedo, encenada no Teatro Gláucio Gill (1974).

Para o cinema, compôs as trilhas sonoras de "Senhores da terra", de Paulo Tiago (1969), "Vida de artista", de Haroldo Marinho Barbosa (1971) e "Ovelha negra", de Haroldo Marinho Barbosa (1974).

Atuou como produtor musical do disco "Coisas deste mundo", de Nara Leão, lançado em 1969 pela Philips, sendo responsável pelo show apresentado pela cantora na boate Sucata (RJ) nesse mesmo ano.

Faleceu no dia 16 de julho de 1980. A sala em que trabalhava, na Funarte, foi transformada em um teatro, que recebeu o nome de Sala Funarte Sidney Miller.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções vários artistas, como Nara Leão, Quarteto em Cy, MPB-4, Luiz Eça, Dóris Monteiro, Paulinho da Viola, Luli e Lucina e Joyce, entre outros.

Gravou três LPs:

* (1974) Línguas de fogo • Som Livre • LP
* (1968) Brasil, do guarani ao guaraná • Elenco • LP
* (1967) Sidney Miller • Elenco • LP

Nos últimos anos de vida, Sidney Miller estava afastado do circuito comercial. Tinha planos de voltar a gravar, agora de forma independente, um LP que se chamaria Longo Circuito. Trabalhava na Funarte, quando faleceu após uma súbita parada cardíaca.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB e Jornal O Globo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário