(Rio de Janeiro/RJ, 30/10/1901 ******* Rio de Janeiro/RJ, 29/10/1976)
O cantor, compositor e musicólogo Sílvio Salema (Sílvio Salema Garção Ribeiro) iniciou a carreira como crooner da Orquestra do Hotel Itajubá.
Em 1928, ingressou na gravadora Parlophon e lançou seu primeiro disco com acompanhamento da Hotel Itajubá Orquestra, interpretando os tangos "Quando me beijas", de Pedro Cabral e "Benzinho do coração", de Ari Kerner. Nesse ano, gravou com a Orquestra Parlophon os fados "Guitarrada" e "Meditando", de Eduardo Souto; a canção "Ontem e hoje", de Verdi de Carvalho e o tango "O que tu és", de Dora Montenegro. Em 1929, voltou a gravar com a Hotel Itajubá Orquestra registrando os tangos "Alma de boêmio" e "Por um beijo teu", de Pedro Cabral; a toada "Velho pinho", de P. Nimac; as valsas "Olhar de fogo", de Plínio Brito e "Morrer de amor", de Pedro Cabral e o samba "Morena cor de canela", de Ari Kerner. Gravou também com a mesma orquestra a canção "Tristezas de rolinha", de Pedro e Sá Pereira e a "Modinha brasileira", de De Chocolat, que fizera sucesso na revista "Tudo preto", também de De Chocolat.
No final de 1929, transferiu-se para a gravadora Victor na qual lançou alguns discos. Suas duas primeiras gravações nessa gravadora ocuparam o lado A dos discos ficando o lado B com o cantor Breno Ferreira. Com acompanhamento da Orquestra Victor, registrou nesses discos o samba "Rosa meu amor", de Rogério Guimarães e André Filho e a marcha "Seu Agache", de Ari Kerner. Também nesse ano, gravou com a Orquestra Victor Brasileira, em disco que tinha na face B a cantora Jesy Barbosa, a valsa "Voz solitária", de João Martins.
Lançou para o carnaval de 1930 a marcha "Eu sou é Ulio", de José Francisco de Freitas. Nesse ano, gravou as canções "O papagaio de papel" e "Na estrada da vida", de sua autoria e J. Carlos.
Em 1931, retornou para a Parlophon e gravou a canção "Ave Maria", de sua autoria e o "Hino ao cardeal D. Leme", de Homero Dornelas e Lieda Cristina. Em 1932, gravou com acompanhamento da Orquestra Guanabara as valsas "Onde está o meu amor?", de Capiba e J. Coelho Filho e "Valsa verde", de Capiba e Ferreira dos Santos. Esse foi o primeiro registro da posteriormente famosa "Valsa verde", homenagem de Capiba aos formandos de Medicina. No mesmo ano, registrou com a Orquestra Guanabara as valsas "A valsa do meu amor" e "Fidelidade", da dupla Gastão Lamounier e Paulo Gustavo.
Gravou um total de 32 discos pelas gravadoras Parlophon e Victor com um total de 27 músicas.
Dedicado à música brasileira nos aspectos popular, coral e sobretudo folclórico, tornou-se estudioso e pesquisador, chegando a escrever uma tese sobre a origem do samba, arquivada na Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
Destacou-se também como professor, ensaiador e regente de canto orfeônico, tendo ao lado de Heitor Villa-Lobos incentivado o canto orfeônico escolar. Foi também autor de canções escolares como "Carneirinho de algodão" (com Villa-Lobos) e "Soldadinhos" (com Narbal Fontes).
Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB , Cifrantiga.
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