(Curitiba/PR, 15/5/1932 ****** Rio de Janeiro/RJ, 24/2/2011)
Certamente um dos grandes cantores brasileiros, dono de voz privilegiada, com um grande número de gravações de sucesso, Léo Vaz, quando integrou o elenco da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, ficou conhecido como "o cantor da voz de veludo".
Léo Vaz nasceu em Curitiba, na Rua 5 de Maio (hoje Rua Brasílio Itiberê), nas proximidades do estádio do Clube Atlético Paranaense.
Léo tinha dois anos de idade quando sua família foi morar no "Boa Vista", bairro que naqueles tempos tinha poucas casas e muitos bosques com lindos pinheirais, muitas árvores frondosas e pássaros em quantidade.
Quando garoto, ele estudou na Escola Pública do Bacacheri, e depois no Colégio Progresso.
Muito afinado, linda voz e timbre agradabilíssimo, cantando bem desde criança, participava dos programas de calouros da Rádio Clube Paranaense e da Rádio Guairacá.
Gostava de futebol e, com 15 anos, começou a atuar nas categorias de base do Clube Atlético Paranaense. Era bom de bola e, algumas vezes, participou da equipe principal. Ficou, para sempre, torcedor do rubro-negro.
Formando-se perito contador na Faculdade "De Plácido e Silva", durante algum tempo exerceu sua profissão e ao mesmo tempo cantava em casas noturnas da capital paranaense.
Quando tinha 19 anos, vencendo um concurso realizado pela Rádio Guairacá, sob o comando de Aluísio Finzetto, Léo Vaz foi contratado como cantor da Emissora. Ele permaneceu na "voz nativa da terra dos pinheirais" até 1957.
Léo Vaz participou com sucesso do Festival do Rádio Paranaense, realizado em Londrina pela Associação Paranaense dos Radialistas, presidida por Sérgio Fraga. Nesse evento se encontravam diversos valores da Rádio Nacional, entre os quais o grande apresentador Manoel Barcelos, na época presidente da Associação Brasileira de Rádio. Foi a grande oportunidade em que se abriram as portas para o sucesso em todo o Brasil, pois em seguida Léo Vaz foi contratado pela Rádio Nacional, passando a residir no Rio de Janeiro.
Nessa época, faziam parte do elenco da grande Emissora carioca, entre outros, Orlando Silva, Vicente Celestino, Ataulfo Alves, Marlene, Emilinha Borba, Nuno Roland, Zezé Gonzaga, Albertinho Fortuna, Neuza Maria, Black-Out, Rogéria, Ivon Cúri, Jorge Goulart, Nora Ney, Jorge Veiga, Risadinha e Jamelão. Pode-se ter uma idéia da grandiosidade de uma Emissora que por muito tempo liderou a audiência de rádio em âmbito nacional. Pode-se, também, aquilatar o valor de Léo Vaz, por ter condições de integrar com destaque um elenco de artistas de tão grande valor.
Léo Vaz gravou seu primeiro disco pela "Todamérica", em 1957. Foi um 78 rpm, com as músicas "Eu Vou Onde Está o Brasil", de Alcyr Pires Vermelho e Alberto Ribeiro, e "A Sorte Corta Caminho", dos mesmos autores. Já em seguida, gravou seu primeiro LP onde se destacavam "Mensagem", "Caminho Verde" e "Favela".
Léo Vaz permaneceu na Rádio Nacional até 1963, quando pediu demissão, causando espanto ao seu amigo Nuno Roland, um veterano que pela primeira vez via um cantor tomar a iniciativa de deixar aquela Emissora.
Empresário bem sucedido, Léo continuou cantando, mantendo, através dos anos, a mesma voz que sempre encantou a milhares de fãs entusiastas.
Apesar de deixar a rádio, Léo nunca parou de cantar. Continuou se apresentando em shows na noite carioca.
Léo gravou 3 LPs, vários compactos e inúmeros 78rpm.
Léo Vaz, segundo o jornal "A Gazeta do Povo", faleceu aos 78 anos de nsuficiência respiratória e renal e seu corpo foi enterrado no Cemitério Municipal de Curitiba Francisco de Paula.
O cantor deixou três filhos: Renato, Regina e Roberta.
Fonte: ulustosa.com e blogue Thais Matarazzo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário