terça-feira, 27 de novembro de 2012

Carmen Costa

(Rio de Janeiro/RJ,  5/1/1920 --- Rio de Janeiro/RJ, 25/04/2007)

Carmelita Madriaga nasceu em Trajano de Moraes, interior do estado do Rio de Janeiro.

Seus pais eram meeiros na Fazenda Agulha, onde ainda pequena, começou a trabalhar como doméstica em casa de uma família de protestantes. Foi lá que aprendeu hinos religiosos e demonstrou seu talento de cantora.

Foi para a capital aos 15 anos e se empregou como doméstica na casa de Francisco Alves. Começou a fazer coros em gravações de nomes famosos da MPB e a freqüentar os programas de calouros.

Em 1937, adotou o nome Carmen Costa por sugestão do compositor Henricão, com quem formou uma dupla que passou a se apresentar em feiras pelo país. A carreira solo começou em 1942, quando lançou pela Victor a valsa "Está Chegando a Hora", versão feita por Henricão e Rubens Campos de uma música mexicana ("Cielito Lindo"), que se tornou um sucesso no carnaval daquele ano e de todos os carnavais seguintes. Logo a seguir, gravou "Xamego", de Luiz Gonzaga, sendo uma das primeiras a gravar o compositor.

Em novembro de 1945, casou-se com o norte-americano Hans Van Koehler. Depois de viajar pelo exterior, fixou residência em Nova Jersey, por dois anos.

Como compositora, adotou o pseudônimo de Dom Madrid.

A partir de 1954, baixou os tons de suas músicas e adotou um estilo coloquial de interpretação.

Participou de filmes brasileiros e lançou outro sucesso carnavalesco que se tornou eterno: "Cachaça" (Mirabeau/ H. Lobato/ L. Castro/ Marinósio Filho). Além desse, teve outros êxitos com "Marambaia (Só Vendo que Beleza)" (Henricão/Rubens Campos), "Jarro da Saudade" (Mirabeau/ G. Blota/ D. Barbosa), "Quase" (Mirabeau/ Jorge Gonçcalves) e "Eu Sou a Outra" (Ricardo Galeno). Em 1962, participou do lendário concerto de bossa nova no Carneggie Hall, em Los Angeles. Nessa época, dividiu-se entre o Brasil e os Estados Unidos. Depois que voltou definitivamente ao Brasil, gravou outros discos e fez shows por todo o país. Em 1996 lançou o CD "Tantos Caminhos".

Por iniciativa do Museu da República (RJ) e da Câmara Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, em 2003, a cantora Carmen Costa tornou-se patrimônio cultural do Brasil - com direito a "tombamento" simbólico, como o dedicado a monumentos públicos.

Faleceu de insuficiência renal em 25 de abril de 2007, aos 87 anos de idade, no Hospital Lourenço Jorge no Rio de Janeiro, onde estava internada, tendo seu corpo sido velado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, CliqueMusic.

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