terça-feira, 27 de novembro de 2012

Gilda de Abreu

(Paris, 23 de setembro de 1904 — Rio de Janeiro/RJ, 4 de junho de 1979)

Gilda de Abreu, cantora, compositora, escritora, cineasta e atriz nasceu em Paris, França, em 23 de setembro de 1904.

Filha da cantora Nícia Silva de Abreu, veio para o Brasil com quatro anos para ser batizada. Em 1914, com a Primeira Guerra Mundial, a mãe, que cumpria periodicamente contratos na Europa, instalou-se definitivamente no Rio de Janeiro. Aos 18 anos começou a estudar canto com a própria mãe, que se havia dedicado ao ensino, revelando-se excelente soprano ligeiro.

Principiou a cantar em festas de caridade e concertos, chegando a interpretar em 1920 (ano em que conheceu Vicente Celestino), no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, as óperas Les Contes d'Hoffmann, de Jacques Offenbach (1819-1880), Il Barbiere di Siviglia, de Gioacchino Rossini (1792-1868) e Lakmé, de Léo Delibes (1836-1891).

Em 1933, iniciou suas atividades no teatro musicado, participando da opereta "A Canção Brasileira", de Luís Iglésias, Miguel Santos e Henrique Vogeler, trabalhando ao lado de Vicente Celestino, no Teatro Recreio, do Rio de Janeiro, com quem casou cinco meses após a estréia e passou a trabalhar em estreita colaboração. Ainda em 1933, escreveu todo um ato da opereta "A Princesa Maltrapilha", levada à cena no mesmo ano.

Em 1935, estrelou o filme de Oduvaldo Viana "Bonequinha de Seda", baseado na valsa de mesmo nome, de sua autoria, um dos sucessos de Vicente Celestino. Nesse ano, compôs a opereta "Aleluia", estreada em 1939, no Teatro Carlos Gomes, do Rio de Janeiro.

Em 1937, fez o filme "Alegria", que não teve grande repercussão. Em 1942, escreveu a letra das canções "Mestiça" (música de Ary Barroso) e "Ouvindo-te" (música de Vicente Celestino). Até 1944, esteve ligada a uma companhia de operetas, da qual Vicente também fazia parte, que realizou excursões por todo o Brasil. Em 1946, escreveu o roteiro e dirigiu o filme "O Ébrio", também inspirado em outra composição de sucesso do marido que atuava no papel-título.

Em 1949, escreveu o roteiro e dirigiu o filme "Pinguinho de Gente" e, em 1951, escreveu o roteiro, dirigiu e interpretou o papel principal do filme "Coração Materno", título de outro grande sucesso de Vicente Celestino. Em 1950, compôs com Vicente Celestino e Ercole Varetto a opereta "A Patativa", e escreveu com Luís Iglésias o libreto da opereta "Olhos de Veludo" (música de Vicente Celestino). Autora de vários livros infantis e romances, publicou também "A vida de Vicente Celestino", São Paulo, 1946.

Em 1955, encerrou sua carreira cinematográfica escrevendo o roteiro de "Chico Viola Não Morreu", baseado na vida de Francisco Alves.

Com a morte do marido em 1968, ela passou a viver no anonimato em seu apartamento no Morro da Viúva, Rio de Janeiro.

Em 1977, surpreendia a opinião pública com um novo casamento, desta vez com o cantor lírico José Spinto, 39 anos mais novo que ela.

Gilda faleceu aos 74 anos, em 4 de junho de 1979.

Fontes: Cifra Antiga e Cine TV Brasil.

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