terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sylvinha Araújo

(Mariana/MG, 16 de setembro de 1951 - São Paulo/SP, 25 de junho de 2008)

A cantora Sílvia Maria Peixoto, conhecida como Sylvinha Araújo, nasceu em Mariana, Minas Gerais, em 16 de setembro de 1951.

Filha de um militar militar-poeta, membro da Academia Mineira de Letras e de uma professora de teoria musical e violinista da Orquestra Sinfônica da cidade , Sylvinha foi criada em São João Del Rey.

A música, desde cedo, foi um dos elementos mais presentes no cotidiano de Sylvinha.

Sylvinha surgiu no cenário nacional junto com o pessoal da Jovem Guarda, e, durante algum tempo, foi considerada a Rita Pavone brasileira. Deixou sua cidade, aos 14 anos de idade, para apresentar-se nos palcos da TV Excelsior. Nessa idade, Sylvinha, tida como uma garota-prodígio, já sustentava a família com o que ganhava na TV Excelsior. Aos 15, estava em São Paulo como a nova atração do programa de um roqueiro com cara de mau: “O Bom”. Era Eduardo Araújo, que virou, além de colega, paixão instantânea. Era 1967, ela com 15 anos, ele com 25, e a dupla começou a apresentar-se pelo Brasil. “As gravadoras passaram a me ver como a esposa do Eduardo. Mas a gente não cantava bem em dupla, as vozes não combinavam. Disse: ‘Não preciso viver na sombra dele’, e resolvi abrir mão”, lembra Sylvinha. “Sempre fiquei muito chateado com essa história, porque foram os outros que inventaram a dupla. Nós tínhamos estilos diferentes, caminhos diferentes. E a Silvinha acabou muito injustiçada”, diz Eduardo Araújo, em entrevista concedida pelo casal.

Sylvinha passou a cuidar dos filhos – Mônica e Eduardo, também cantores – e de um estúdio de gravação comprado pelo casal. Foi aí que surgiu a “cantora de estúdio”. “Vivia tentando fazer backing vocal em jingles e discos de outros cantores, mas não me levavam a sério. Achavam que o pessoal da Jovem Guarda não era bom vocalmente. Até que uma cantora faltou a uma gravação e me chamaram. Arrasei!”, conta. Isso aconteceu em 1978 e, a partir daí, Silvinha se tornou a melhor cantora do gênero. Chegava a gravar seis vezes num dia, ganhando o equivalente a R$ 4.000. Sylvinha gravou mais de 2000 jingles.

Durante mais de 20 anos tornou-se uma estrela dentro dos estúdios e certamente a voz mais ouvida no Brasil em campanhas para Mc Donald’s, Coca-Cola, Unibanco, Varig, entre milhares de outras.

Naquele período, Sylvinha participou do "4 x 4", um conjunto vocal, criado por Edgard Gianullo, que contava ainda com Ângela Márcia e Faud Salomão, todos cantores de jingles. Além dos clássicos da música brasileira e internacional, o quarteto gravou incontáveis jingles, para campanhas como Credicard, Fermento Royal, Gelatina Royal, dentre vários outros.

Mas a vontade de encarar o público não a abandonou. Ela ensaiou uma volta nos anos 80 e até gravou um disco, mas foi só em 2001, aos 49 anos, que Sylvinha voltou a investir na carreira. Em parceria com o marido, abriu a gravadora "Number One" e lançou o romântico "Suave é a Noite", com participações de Daniel e Zezé Di Camargo e Luciano. “Quis esse disco porque nunca perdi a esperança de voltar para os palcos e gravar uma coisa minha. Agora sou dona do meu produto, faço o que quero e estou feliz.” Silvinha se diverte divulgando o disco e fazendo breves apresentações. “Estamos vendendo bem, isso me deixa orgulhosa”, contou a cantora, que abandonou os jingles.

Desde 1994, Sylvinha Araújo vinha lutando contra um câncer de mama. Mesmo doente, Sylvinha continuava cantando. Antes de ser internada, no dia 04 de junho de 2008, ela estava envolvida na divulgação do DVD que celebra os 40 anos da Jovem Guarda. O DVD, lançado em 2007, reúne ícones da música brasileira, como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia.

Sylvinha Araújo morreu, aos 56 anos, no dia 25 de junho de 2008, em São Paulo.

O corpo da cantora foi enterrado no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo.

Fontes: Sites Uol, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo EPTV; Jovem Guarda; Globo.

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