terça-feira, 27 de novembro de 2012

Lúcio Alves

(Cataguazes/MG, 28/1/1927 ****** Rio de Janeiro/RJ, 3/8/1993

Lúcio Ciribelli Alves, mais conhecido por Lúcio Alves, era mineiro de Cataguases, filho de um maestro de banda. Começou a tocar violão na infância.

Aos sete anos de idade, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde começou a participar de programas de rádio, como cantor e radio-ator. Lúcio Alves começara a aprender violão um ano antes, estimulado pelo pai. Atraído pelo repertório de Orlando Silva, interpretou, aos nove anos de idade, no programa radiofônico de Barbosa Júnior, a música "Juramento Falso", de Pedro Caetano. Participou, pouco depois, do programa da Rádio Mayrink Veiga "Picolino", apresentado pelo mesmo Barbosa Júnior.

Ainda garoto, Lúcio Alves integrou o elenco da radionovela "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa", da Rádio Nacional, onde interpretava o personagem principal. O radialista Silvino Neto o apelidou de "Cantor das Multidinhas", em comparação a Orlando Silva, conhecido como "Cantor das Multidões".

Nos anos 40, criou o grupo "Namorados da Lua", em que era cantor, violonista e arranjador. O conjunto gravou alguns discos e foi popular até sua dissolução, em 1947, quando Lúcio Alves partiu para carreira solo.

Ainda adolescente, Lúcio Alves começou também a compor, tendo feito em parceria com Haroldo Barbosa a obra-prima "De Conversa em Conversa". Mais tarde, com o mesmo parceiro, emplacou "Baião de Copacabana".

Lançou o primeiro disco individual em 1948, com um bolero ("Solidão", versão de Aloysio de Oliveira para "Tres Palabras", de O. Ferrez).

No início dos anos 50, Lúcio Alves tornou-se um dos cantores mais populares do rádio, ao lado de Dick Farney, com quem gravou em dupla uma das primeiras composições de Tom Jobim e Billy Blanco, "Teresa da Praia".

Outros sucessos de Lúcio Alves foram "Sábado em Copacabana" (Dorival Caymmi/ Carlos Guinle), "Valsa de uma Cidade" (Ismael Neto/ Antônio Maria), "Xodó" (Jair Amorim/ J.M. de Abreu).

Em 1960, lançou o disco "Lúcio Alves Interpreta Dolores Duran", em homenagem à cantora e compositora falecida no ano anterior. Ainda na década de 60 gravou diversos discos de bossa nova, como "A Bossa É Nossa" e "Balançamba" (relançado em CD). Dessa fase bossa novas destacam-se suas interpretações para "Dindi" (Tom Jobim/ Aloysio de Oliveira), "O Samba da Minha Terra" (Caymmi), "Ah, Se Eu Pudesse" e "O Barquinho" (Roberto Menescal/ Ronaldo Bôscoli).

Em 1970, João Gilberto regravou "De Conversa em Conversa" em disco produzido no México. No início da mesma década, tornou-se produtor musical da TV Educativa, no Rio de Janeiro. Em 1974, participou da série radiofônica "MPB 100, ao vivo", escrita e locutada por R. C. Albin para o Projeto Minerva na Rádio MEC, que viraria oito elepês com o mesmo título, edição Tapecar. Coube a ele o período da bossa nova, em que aparece ao lado de Dóris Monteiro, Johnny Alf e Alaíde Costa. Em 1975, pouco depois de gravar a canção "Helena, Helena, Helena", de Alberto Land, vencedora de um festival da canção onde foi defendida por Taiguara, lançou pela RCA o LP "Lúcio Alves", com composições com nomes de mulher cantando músicas, entre outros, de Chico Buarque, "Januária" e "Carolina", Tom Jobim, "Lígia" e Pixinguinha, "Rosa".

Em 1978 participou, com Dóris Monteiro, do Projeto Pixinguinha do qual resultou um LP, onde os dois interpretaram, entre outras, as músicas "Pra Dizer Adeus", de Edu Lobo e Torquato Neto, "Conversa de Botequim", de Vadico e Noel Rosa, "Mocinho Bonito", de Billy Blanco e "Razão de Viver", de Paulo Sergio Valle e Eumir Deodato.

Em 1988, participou do disco "Há Sempre um Nome de Mulher", volume duplo criado por R. C. Albin para campanha de aleitamento materno, patrocinado pelo Banco do Brasil e do qual se venderam 600 mil cópias apenas nas mil agências do Banco do Brasil.

Lúcio Alves faleceu em 03 de Agosto de 1993, de infarto, no Rio de Janeiro, aos 68 anos de idade.

Fontes: Sites Cliquemusic Uol; Wikipédia, Cifra Antiga, Adoro Cinema Brasileiro; Dicionário MPB. 

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