terça-feira, 27 de novembro de 2012

Núbia Lafayette

(Açu/RN - 21/01/1937 - Niterói/RJ - 18/06/2007)

Nubia Lafayette, nascida Idemilde da Costa Araújo, na cidade de Açu(RN), veio ao mundo em 21 de janeiro de 1937. Desde criança já sonhava com a carreira de cantora e brincava, com um cabo de vassoura, cantando as músicas de seus ídolos, Dalva de Oliveira e Vicente Celestino.

Veio para o Rio de Janeiro no final dos Anos 50, onde iniciou carreira com o nome de Nilde Araújo. Participou de programas de calouros e foi crooner da boate Cave.

Chegou a gravar um disco com o nome de Nilde Araújo, mas em 1960 assumiu o nome artístico de Núbia Lafayette, por sugestão do compositor Adelino Moreira. Adelino e Nelson Gonçalves apresentam a cantora à gravadora RCA e, no mesmo ano de 1960, ela grava seu primeiro disco de carreira. Este disco continha "Devolvi", de Adelino Moreira. A música tocou em todas as rádios e tronou-se um grande sucesso, projetando-a como uma cantora romântica e popular.

Grande foi a importância de Nelson Gonçalves na carreira da cantora, não só por tê-la apresentado à gravadora RCA, bem como por tê-la ensinado diversas técnicas, inclusive como a de se portar no palco. Por essa grande afinidade com o cantor, seus fãs chegaram a apelidá-la de "Nelson Gonçalves de saias".

Depois de "Devolvi", seu primeiro sucesso, vários outros vieram: o bolero "Seria tão Diferente", "Prece à lua", "Solidão", "Preciso chorar", "Primazia", "Ouvi dizer"(todas de Adelino Moreira) e "Mais uma lição"( Nonô Basílio).

Na década de 70 ela troca de gravadora, indo para a CBS. Retorna às paradas de sucesso em 1972 com a música "Casa e Comida" (Rossini Pinto). As mulheres, particularmente, passam a amar a música, principalmente as desprezadas e humilhadas por maridos infiéis. Com certeza a explicação estava nos versos que diziam: "Não é só casa e comida que faz a mulher feliz".
Muitas músicas ficaram marcadas na voz da cantora, como: "Aliança com filete de prata" (Gloria Silva), "Mata-me" "Depressa"(Rossini Pinto), "Quem eu quero não me quer"(Raul Sampaio/ Benil Santos), "Esta noite eu queria que o mundo acabasse" (Silvio Lima), "Fracasso"(Mario Lago). Contudo, a música que marcou a carreira da cantora, presença obrigatória em todos os seus shows, motivada pelos apelos incessantes de seu público fiel foi "Lama"(Aylce Chaves /Paulo Marques).

Mesmo com a desvalorização futura da "música dor de cotovelo", Núbia não abandonou o estilo que a popularizou. Gravou várias músicas de Adelino Moreira, além de outras de Lupcínio Rodrigues, Herivelto Martins, Raul Sampaio, Jair Amorim, Evaldo Goveia, Othon russo entre outros.

A cantora chegou a dividir o microfone e faixas em discos com grandes nomes da MPB. Alcione, Gonzaguinha, Nelson Gonçalves, Elymar Santos, Waldick Soriano, Noite Ilustrada Gilberto Milfont e Trio Irakitam estiveram dentre esses privilegiados.

Na década de 90, já morando em Maricá(RJ) a cantora lançou um disco em homenagem a seu grande ídolo: Dalva de Oliveira. O disco foi gravado em Recife e lançado pela Polydisc na série 20 Supersucessos. Nesse disco encontramos grandes sucessos de Dalva de Oliveira na voz romântica de Nubia Lafayette, tais como Que será, Ave Maria no Morro, Segredo e Tudo Acabado.

Em Maricá a cantora gerenciava o Centro Gastronômico Núbia Lafayette e continuava a fazer shows por todo o país.

A cantora sofreu a AVC no dia 10 de março de 2007, ficou internada dez dias e depois teve de retornar à internação. Antes, porém, prestigiou, como em anos anteriores, o tradicional Festival da Seresta, no Recife Antigo, no mês de maio.
No dia 25 de maio de 2007 Núbia retorna ao Hospital das Clínicas em Niterói(RJ), onde vem a falecer aos 70 anos, às 13h15 do dia 18 de junho de 2007, devido a complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (derrame cerebral) hemorrágico. 


Fonte: MofoTv .

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