Guilherme de Brito

(Rio de Janeiro/RJ, 3 de janeiro de 1922 ***** Rio de Janeiro/RJ. 26 de abril de 2006)

Natural da cidade do Rio de Janeiro (Vila Isabel), Guilherme de Brito ganhou um cavaquinho logo aos 8 anos de idade. Com a morte do pai, quatro anos depois, largou os estudos e começou a trabalhar. Seu primeiro emprego foi na Casa Edison.

Em 1955, aos 33 anos de idade, já possuía ma boa produção musical e o cantor Augusto Calheiros resolveu gravar um compacto contendo dois de seus sambas: “Meu Dilema” e “Audiência Divina”. Ainda durante os anos 50 conheceu seu grande parceiro, Nelson Cavaquinho. A primeira parceria da dupla produziu o samba “Garça”. Guilherme fez a primeira parte e colocou à aprovação de Nelson. Este adorou e tratou logo de fazer a segunda parte.

Dessa iluminada parceria surgiram vários e inesquecíveis sucessos da MPB, dentre os quais destacamos: “A Flor e o Espinho”, “Folhas Secas”, “Pranto de Poeta” “O Bem e o Mal” e “Quando Eu Me Chamar Saudade.”.
Considerado por muitos como o grande poeta do samba, fez versos definitivos como “Tire o seu sorriso do caminho/ que eu quero passar com a minha dor”, de “A flor e o espinho”. Ou mesmo “Quando eu piso em folhas secas/ Caídas de uma mangueira”, de “Folhas secas”.
Grande compositor, Guilherme de Brito só gravou o primeiro disco no ano de 1977.
Além de cantor e compositor, Guilherme também se destacou como pintor (recebendo vários prêmios por seus quadros) e escultor. Teve a oportunidade inclusive de expor suas obras no Japão, onde também gravou um disco.
Suas obras foram gravadas por grandes nomes da MPB, tais como: Paulinho da Viola, Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Elis Regina, e principalmente, Beth Carvalho.
Ele foi internado dia 2 de abril de 2006 com problemas respiratórios, teve um infarto e ficou em coma por 15 dias, morrendo dia 26 de abril de 2006, aos 86 anos, por falência múltipla dos órgãos.
Deixou a mulher Nena e dois filhos. Ele foi enterrado no mausoléu do compositor, no cemitério do Catumbi, no Rio de Janeiro.