(Campos dos Goytacazes/RJ, 26 de maio de 1945 — Três Rios/RJ, 31 de janeiro de 1973)
Teve infância muito pobre, vivendo parte dela nas ruas. Não conheceu os pais e chegou a ser interno no extinto SAM (Serviço de Amparo ao Menor), depois FEBEM, ao lado de Dario José dos Santos, mais conhecido como Dada Maravilha, terceiro maior artilheiro da história do futebol brasileiro. Sobre o cantor, assim se manifesta: “Evaldo Braga foi meu amigo de infância no Colégio interno (SAM), depois FUNABEM.. Na verdade era Instituto Profissional XV de Novembro em Quintino, Rio de Janeiro. E um dia ele falou assim pra mim: um dia, você vai ouvir falar em Evaldo Braga, eu vou ser o cantor da multidão porque eu tenho um vozeirão, eu sou o bom”.
Declarou em entrevistas sua grande tristeza por não conhecer os pais. Passou a ter uma grande depressão ao saber que sua mãe teria sido uma prostituta e que o abandonara no lixo, em um cesto. Essa tristeza o levou a se entregar à bebida, fato inclusive, que provocou o acidente que o matou na BR 3, antiga Rio- BH, em um choque entre seu carro e um caminhão.
Um dos grandes ídolos da "música brega", travou os primeiros contatos artísticos quando trabalhou como engraxate na porta da rádio Mairink Veiga, na rua homônima, perto da famosa Praça Mauá. Ali acabou por fazer contato com os artistas daquela Rádio e pouco a pouco foi acalentando o desejo de se tornar cantor.
Em 1969, conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que o levou para gravar o primeiro disco. Navarro gostou de sua voz e da maneira dele pronunciar bem cada palavra e o apresentou ao produtor Jairo Pires da gravadora Polydor, que andava procurando um cantor que fizesse frente à Nilton César contratado de outra gravadora.
É autor do clássico "Sorria, sorria", que conheceu diversas gravações, entre as quais, a de Agnaldo Timóteo.
Em 1971, lançou o disco "O ídolo negro", título que lhe valeu o apelido pelo qual ficou popularmente conhecido. Nele, gravou, entre outras, "A cruz que carrego", de Isaías Souza, "Meu delicado drama", de Isaías Souza, "Meu Deus", de sua autoria, Dante e Alcides de Oliveira, "Quantas vezes", de sua autoria e Carmen Lúcia, "Eu nunca pensava", de Eustáquio Sena e "Eu amo sua filha, meu senhor", de Osmar Navarro.
Em 1972, lançou "O ídolo negro-Vol.2”, que trazia seu grande sucesso "Sorria, sorria", parceria com Carmen Lúcia que o consagrou, tornando-se hit popular. O mesmo disco trazia um outro grande sucesso, "Eu não sou lixo", de sua autoria com Pantera, de caráter autobiográfico e, ainda, "Mentira", de Osmar Navarro, "Tudo fizeram para me derrotar", com Isaías de Souza, "Já entendi", de Edson Mello e Carlos Odilon, e "A vida passando por mim", de Jovenil Santos e Paulo de Souza.
Teve uma careira meteórica, durante a qual, fez inúmeras apresentações em vários estados e em diversos programas de TV, em especial, o programa “A Discoteca do Chacrinha”.
Morreu no auge do sucesso, aos 25 anos, num acidente automobilístico, em 1973, depois de ter lançado apenas três LPs, suficientes para consagrá-lo junto ao público.Suas músicas traziam as marcas de sua infância pobre e tiveram grande repercussão popular.
Em 1982, recebeu homenagem do cantor Carlos Alexandre que gravou pela RGE o LP "Revelação de um sonho" incluindo doze sucessos na voz do "Ídolo negro": "Revelação de um sonho", de Maurílio Costa, "Sorria sorria", com Carmen Lúcia, "Eu me arrependo", com Carmen Lúcia, "Meu delicado drama", de Isaias Souza, "Alguém que é de alguém", com Carmen Lúcia, "Tudo fizeram para me derrotar", com Isaias Souza, "Mentira", de Osmar Navarro, "Eu não sou lixo", com Carmen Lúcia, "Quisera eu", com Tuneca, "Eu nunca pensava", de Eustáquio Sena, "Só quero", com Carmen Lúcia, e "A vida passando por mim", de Jovenil Santos e Paulo Debétio.
Em 1987, foi homenageado no LP "Eu ainda amo vocês" da gravadora Polydor que incluiu gravações originais suas remixadas e com o acréscimo de vozes de artistas convidados em "duetos" póstumos. Estão presentes nesse disco, as músicas "Esconda o pranto num sorriso", de Jacy Inspiração e Marcos Lourenço, com interpretação de Carlos Alberto, "A vida passando por mim", de Jovenil Santos e Paulo Debétio, com Matogrosso e Mathias, "Te amo demais (Heart over mind)", de M. Tillis, e versão de Sebastião Ferreira da Silva, na voz de Jerry Adriani, "Sorria sorria", de Evaldo Braga e Carmen Lúcia, na interpretação de Adilson Ramos, "Só quero", de Evaldo Braga e Carmen Lúcia, na interpretação de Diana, "Meu Deus", de Evaldo Braga e César Saraiva, com Ismael Carlos, "A cruz que carrego", de Isaias Souza, com interpretação do Coro Infantil da Funabem, "Tudo fizeram para me derrotar", de Evaldo Braga e Isaias Souza, na voz de Carlos Alexandre, "Eu não sou lixo", de Evaldo Braga, Pantera e Carmen Lúcia, na voz de Waldick Soriano, "Noite cheia de estrelas", de Cândido das Neves, com os Canarinhos de Petrópolis, "Já entendi", de Édson Mello e Carlos Odilon, na interpretação de Fernando Lelis, e "Mentira", de Osmar Navarro, na interpretação de Sol.
No ano de 1993, a Polydor lançou a coletânea "O Melhor do Ídolo Negro", com sucessos do cantor.
Após décadas de sua morte, seu túmulo, no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, é um dos mais visitados no dia de finados, quando milhares de fãs a ele rendem homenagens, levando flores e cantando seus sucessos.
Em levantamento recente feito no site dicionariompb.com.br chegou-se a conclusão que seu nome era o mais pesquisado entre todos os quase sete mil verbetes ali catalogados.
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