segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mauricy Moura

(São Vicente/SP, 10/1/1926 ******** São Paulo/SP, 23/8/1976)

Iniciou a carreira artística bastante jovem incentivado pela mãe. Ainda criança, participou do "Programa de Dª. Dindinha Sinhá", na Rádio Atlântica, de Santos.

Aos dez anos de idade, formou com o irmão Maurício, então com 12 anos, e mais Gentil da Silva, Edésio Resende e Jarina Resende, depois substituídos por Avelino Tomaz e Rachel Tomaz, o Conjunto Calunga.

Profissionalizou-se ainda menor de idade como vocalista do Conjunto Calunga, tendo que obter permissão do juizado de menores para realizar apresentações no antigo Cassino Ilha Porchat, em programas na Rádio Piratininga, e em shows pelo Brasil.

Em 1950, foi levado por Silvio Caldas para São Paulo, e passou a fazer parte do cast da Rádio Excelsior, que contava com nomes como Francisco Egídio; Sólon Sales; Oscar Ferreira; Cauby Peixoto; Roberto Luna; e Homero Marques. Depois, passou a atuar na Rádio Record, passando a ter programa exclusivo. Nessa ocasião, recebeu o troféu "Roquete Pinto" como revelação do ano.

Estreou em discos em 1952, pela Sinter, gravando com acompanhamento de conjunto de boite os sambas-canção "Maria da Piedade", de Evaldo Rui, e "Não digas nada", de David Raw e Victor Simon. No ano seguinte, gravou com acompanhamento de Lírio Panicalli e sua orquestra, os sambas-canção "Incerteza", de Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça, primeira composição gravada de Tom Jobim, e "O anel que lhe dei", de Gilberto Panicalli. Em 1954, gravou com acompanhamento de orquestra o samba "Bolo do centenário", de Dênis Brean e Blota Jr, homenagem ao centenário da cidade de São Paulo. Em 1955, gravou pela Continental, com acompanhamento de orquestra, o samba "Caminha", de Evaldo Rui e Rolando Candiano, e a toada "Prece à São Benedito", de Hervê Cordovil. No mesmo ano, lançou pela Continental o LP "Roteiro noturno". Em 1956, fez temporada na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, MG. Nesse ano, ingressou na Polydor e gravou com acompanhamento da Orquestra Polydor, dirigida por Enrico Simonetti, o fox-canção "Hino ao amor", de Edith Piaff e M. Monot, com versão de Caubi de Brito, e o samba-canção "Se Deus me desse", de Alfredo Borba.

Foi contratado pela Odeon em 1957, e gravou com acompanhamentro de Luis Arruda Paes e sua orquestra, a valsa "Chove lá fora", clássico de Tito Madi, regravado pela primeira vez, e o samba-canção "Bom dia tristeza", de Vinícius de Morais e Adoniran Barbosa. No ano seguinte, gravou os sambas-canção "Cartas na mesa", de Derosse de Oliveira, "Faz mal pra mim", de Heitor Carrilho, Sidney Morais e Mário Donato, e "Horóscopo", de Heitor Carrilho e Mário Donato, e o samba "Madame Fulano de Tal", de Cyro Monteiro e Cândido Dias da Cruz.

Em 1960, transferiu-se para a gravadora Chantecler, e lançou com acompanhamento de orquestra regida pelo maestro Guerra Peixe, o samba "Mulher", de Jorge Duarte e Sérgio Morais, e a valsa "Hei de amar-te até morrer", de Mário Eduardo. Para o carnaval de 1961, gravou, com acompanhamento da orquestra de Élcio Alvarez o samba "Vai sobrar confete", de Zuzo, Panchito e A. Garcia. No mesmo ano, gravou com a orquestra de Élcio Alvarez, o samba "Paciência", de Lupicínio Rodrigues, e a toada "Quem me dera morena", de Cid Magalhães e Daniel Magalhães. Gravou em 1962, com a orquestra regida por Élcio Alvarez, o rasqueado "Decisão cruel", de Palmeira, o bolero "Que", de Mário de Jesus e Osmar Navarro, o samba-canção "Coquetel da vida", de Portinho e João Pacífico, e a guarânia "Ilusão perdida", de Nízio e Teddy Vieira. Em 1963, gravou os sambas-canção "Meus tempos de criança", de Ataulfo Alves, e "O segredo e a saudade", de Élcio Alvarez e Mário de Souza. No ano seguinte, registrou o bolero "Vou esquecer", de Joni Santos, e o samba-canção "Infidelidade", de Ataulfo Alves e Américo Seixas.

Em 1997, sua gravação de "Incerteza", de Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça, foi relançada pelo selo Revivendo no CD "Raros compassos", com gravações raras de obras de Tom Jobim.

Gravou mais de quinze discos pelas gravadoras Sinter, Continental, Odeon, Polydor e Chantecler. Seus maiores sucesso foram as músicas "Flor de maçã", de Denis Brean e O. Guilherme, "Irmã da saudade", de Portinho e João Pacifico, "Meus tempos de criança", de Ataulpho Alves, "Maria da Piedade", de Evaldo Rui, "Mulata", "Vou brigar com ela", "Nunca", e "Homenagem", de Lupicínio Rodrigues, além de "Mulher", de Jorge Duarte. Morando em São Paulo por mais de 30 anos, notabilizou-se como cantor da noite paulistana.

Mauricy faleceu em 23 de Agosto de 1976, por complicações de diabetis.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB e comunidade do cantor no Orkut.

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