(Rio de Janeiro/RJ, 4 de novembro de 1924 — Rio de Janeiro/RJ, 17 de março de 1973)
Monsueto Campos de Menezes foi um sambista, cantor, compositor, instrumentista, pintor e ator.
Criado na Favela do Pinto, Monsueto perdeu os pais muito cedo, tendo sido criado por uma avó.
Sambista que transitava por todas as escolas de samba sem ser diretamente vinculado a nenhuma, é o autor de sambas clássicos como "Mora na Filosofia" e "Me Deixa em Paz".
Tocou como baterista em alguns conjuntos, inclusive no Copacabana Palace. Seu primeiro grande sucesso foi "Me Deixa em Paz" (com Airton Amorim), gravado em 1952 por Marília Batista. Em seguida outros intérpretes gravaram outras composições de sua autoria.
Além de compositor, Monsueto brilhou como ator cômico em filmes, shows de variedades e na televisão. Atuou no cinema trabalhando em 14 filmes – onze brasileiros, três argentinos e um italiano. Entre os nacionais, participou de "Treze Cadeiras" (de Franz Eichhorn), "Na Corda Bamba" (de Eurides Ramos), "O Cantor Milionário" e "Quem Roubou meu Samba" (ambos de José Carlos Burle), mas não chegou ao final das filmagens de "O Forte", em 1973, vindo a falecer.
Integrou espetáculos produzidos por Herivelto Martins, com o qual viajou para Europa, África e América, e até montar seu próprio grupo, sempre cercado de cabrochas e outros cantores.
No palco, entre os anos 50 e 60, no auge de sua carreira como showman na TV, participou de diversos programas como Noites Cariocas, na TV Rio, ganhando o apelido de Comandante por causa de um dos esquetes que criou.
A cantora Beth Carvalho também riu muito com seus esquetes em programas de TV. "Ele era cômico, fazia umas blagues, tipo Mussum. Era o Mussum da época".
Quem também lembra muito bem dessa sua faceta humorística é o compositor João Roberto Kelly. "Ele trabalhou na TV Rio na década de 60 e tive o prazer de tê-lo em quadros musicados por mim, em programas como Praça Onze e O Riso É o Limite", conta. "Monsueto era histriônico. Não era de chegar e fazer um monólogo como ator, ele fazia um tipo com muita graça. Era um crioulo de 1,80m, gordo, grandão com um sorriso maior que o tamanho dele, além de um compositor inspiradíssimo", elogia. Beth também riu muito com seus esquetes em programas de TV. "Ele era cômico, fazia umas blagues, tipo Mussum. Era o Mussum da época".
Quem também lembra muito bem dessa sua faceta humorística é o compositor João Roberto Kelly. "Ele trabalhou na TV Rio na década de 60 e tive o prazer de tê-lo em quadros musicados por mim, em programas como Praça Onze e O Riso É o Limite", conta. "Monsueto era histriônico. Não era de chegar e fazer um monólogo como ator, ele fazia um tipo com muita graça. Era um crioulo de 1,80m, gordo, grandão com um sorriso maior que o tamanho dele, além de um compositor inspiradíssimo", elogia. Além disso, Kelly diz que era excelente ritmista e baterista. "Ele tocava pandeiro, surdo, reco-reco, chegou a participar de várias gravações como músico de estúdio."
O auge da popularidade de Monsueto, como compositor, se deu por volta do fatídico ano de 1964, quando Helena de Lima, experimentadíssima cantora de boate, gravou, ao vivo, o vinil 'Uma Noite no Cangaceiro' (boate da moda na época), incluindo num eletrizante 'pout-pourri' de sambas, duas músicas dele: 'Mora na Filosofia' e 'A Fonte Secou'.
No fim da década de 60, Monsueto passou a dedicar-se mais à pintura primitivista, participando de exposições e recebendo prêmios.
Em 1970, Monsueto participou da gravação de "Tonga da Mironga do Kabuletê", que marcou o início do êxito da dupla Toquinho/ Vinicius de Moraes.
Depois de sua morte outros cantores e compositores regravaram suas músicas, dando a Monsueto o merecido destaque. Alaíde Costa gravou "Me Deixa em Paz" no disco "Clube da Esquina", de Milton Nascimento, Caetano Veloso gravou "Mora na Filosofia" no disco "Transa", e muitos outros.
Gravações de Monsueto
Todas compostas pelo próprio, exceto onde notado.
A fonte secou (com Tufi Lauar e Marcléo)
Eu quero essa mulher assim mesmo (c/ José Batista)
Me deixa em paz (com Aírton Amorim)
Mora na filosofia (com Arnaldo Passos)
Couro do falecido (com Jorge de Castro)
Tá pra acontecer (com José Batista e Ivan Campos)
Levou fermento (com José Batista)
Me empresta teu lenço (com Elano de Paula e Nicolau Durso)
Rua Dom Manuel (com Jorge de Castro)
Senhor Juiz (com Jorge de Castro)
Prova Real (de Oderlandes Rodrigues, Edson Santana e Amado Régis)
Bola Branca (de Antônio Guedes, Otávio Lima e Estanislau Silva)
Chica da Silva (de Anescar e Noel Rosa)
Maria Baiana
Sambamba
Copacabana de tal
Este samba tem parada
Água e azeite (com Estanislau Silva)
Na menina dos meus olhos (com Flora Mattos)
Lamento da lavadeira (com João Vieira Filho e Nilo Chagas)
Na casa de Antônio Jób (com Venâncio)
Nó molhado (com José Batista e Ivan Campos)
Morfeu (com Luiz Reis)
Segunda Lua-de-Mel (com Flora Mattos)
Fogo no morro (com José Batista)
Aula de samba francês
Mané João (com José Batista e Ivan Campos)
Retrato de Cabral (com Raul Marques)
Monsueto morreu no dia 17 de março de 1973.
Fontes: Sites Dicionário Cravo Albin de MPB; Wikipédia
Nenhum comentário:
Postar um comentário