(São Paulo/SP, 28/5/1899 ****** São Paulo/SP, 07/2/1970)
Sylvio Vieira, cantor e compositor, foi um barítono famoso por suas apresentações no Teatro Municipal, mas acabou enveredando pela música popular.
Iniciou a carreira artística na segunda metade da década de 1920. Na mesma época começou a se apresentar também em óperas nas temporadas oficiais do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Fez longa carreira, atuando nos palcos até o início dos anos sessenta.
Ao lado do soprano Carmem Gomes e do tenor Reis e Silva formou o primeiro elenco de qualidade da ópera brasileira. Com eles foi possível montar no Brasil os principais títulos do repertório operístico com elenco exclusivamente nacional. O repertório de Sylvio Vieira incluiu, entre outros, os papéis de Iberê, do Lo Schiavo, e Gonzalez, do Il Guarany, ambas de Carlos Gomes, Amonasro, da Aída, Germont, da Traviatta, Alfio, da Cavalaria Rusticana, Sharpless, da Mme. Butterfly e Marcelo, de La Bohème. Destacou-se, sobretudo, no Scarpia, da Tosca de Puccini.
Estreou em disco pela Odeon em 1926 cantando de Freire Júnior a toada-fado "Gostar de alguém". Em seguida, gravou as canções "Um passeio à luz do luar", de Freire Júnior; "A casinha" (A casinha da colina), de motivo popular; "Noite de núpcias", de Hekel Tavares e "Ai xixi", de Pedro de Sá Pereira.
Em 1928, gravou com acompanhamento da Orquestra Rio Artists o reconto "La calesera", de Francisco Alonso, e o tango "Caminheiro", de E . de Bianco.
Em 1930, foi contratado pela Victor e lançou com acompanhamento da Orquestra Victor de Salão as canções "Gostar de uma mulher", de Bernardo Ferreira e A . Barbosa e "A vizinha da água furtada", de P. Coelho e M. Siqueira. Em seguida, com a Orquestra Victor Brasileria de Concertos gravou "O Guarani" (Canção dos aventureiros), de Carlos Gomes e "Paganini" (Se uma boca eu beijar), de Franz Lehar com adaptação sua. Ainda no mesmo ano, gravou com acompanhamento de orquestra as canções "Fonte abandonada", de Pixinguinha e Cândido das Neves, e "Cafezal em flor", de Pixinguinha e Eugênio Fonseca.
Ainda em 1930, ingressou na Parlophon e gravou com acompanhamento da Orquestra Guanabara a valsa "Pelo teu pecado", de Joubert de Carvalho e com acompanhamento do grupo Muchachos Del Plata da Argentina o tango "Sulamita", de Mário Lopes de Castro. Em seguida, gravou com a Orquestra Guanabara os hinos "Brasil unido", de Plínio Brito e Domingos Magarinos; "24 de outubro", de sua autoria e Mário Lopes de Castro e "Vai soldado", de Luiz Melaço e Antônio de Lima Júnior e a marcha "O soldado brasileiro", de Plínio Brito e Domingos Magarinos. Também nesse ano, gravou dois discos na Brunswick com as canções "Canção discreta" e "Meu amô foi simbora", de Henrique Vogeler; a toada-canção "Eu tenho fé", parceria sua com Henrique Vogeler e a toada "É na viola que chora", de sua autoria.
Em 1931, gravou com acompanhamento de orquestra as canções "Vagabundo", de Bernardino Vivas e Joraci Camargo e "Minha favela", de Pedro de Sá Ferreira e Marques Porto e "Lo Schiavo - Ária do Iberê" (I) e "Lo Schiavo - Ária do Iberê (II)". Nesse ano, gravou as canções "Na malandragem eu nasci", de Augusto Vasseur e Luiz Peixoto e "Naquele altar", de Aldo Taranto.
Gravou em 1932 com acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira as canções "Frô de ipê", de Bonfiglio de Oliveira e Nelson de Abreu e "Como é lindo o teu olhar", de André Filho. No ano seguinte, gravou com acompanhamento do grupo do Canhoto de Rogério Guimarães a canção "Flor que ninguém colheu", de Joubert de Carvalho e com o grupo Diabos do Céu a valsa "Felicidade", de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano.
Em 1950, após dezessete anos longe das gravações, lançou pela Victor um último disco com as canções "Ave Maria I" e "Ave Maria II", de Alfredo d'Albuquerque. Gravou 21 discos com 20 músicas pelas gravadoras Odeon, Brunswick, Parlophon e Victor.
Fonte: Site Teatro e Revista Brasileira.
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