terça-feira, 27 de novembro de 2012

Zezé Fonseca

(Rio de Janeiro/RJ, 5/8/1915 ****** Rio de Janeiro/RJ, 16/8/1962)

Maria José González ao lançar-se como cantora adotou o nome artístico de Zezé Fonseca.

Aluna do Instituto de Música do Rio de Janeiro, estudou canto com Olinda Leite de Castro. Iniciou a carreira apresentando-se na "Hora da Arte", no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro.

Em 1932 entrou para a Rádio Philips, através de Paulo Bevilácqua e passou a presentar o programa "Fox tarde demais".

Em 1933, gravou seu primeiro disco pela Columbia, interpretando a marcha "Põe a chave embaixo...", de Assis Valente e o samba "Mulato cheio de bossa", de Sílvio Pinto e Milton Musco. No mesmo ano, gravou com Breno Ferreira, a marcha "Eta caboclo mau", de Joubert de Carvalho e Luiz Martins.

Depois da estréia como cantora, integrou a companhia teatral de Procópio Ferreira na peça "Deus lhe pague", de Joraci Camargo. Durante algum tempo produziu programas femininos na Rádio Cruzeiro do Sul, trocando-a pela Rádio Philips em 1934.

Em 1935, gravou a marcha "Amor, amor" e o samba "Quero a liberdade", ambas de Sílvio Pinto. No ano seguinte, foi contratada pela Victor e lançou as marchas "Retalho de felicidade", de José Maria de Abreu e Oduvaldo Cozzi e "São João há de sorrir", de José Maria de Abreu e Francisco Matoso. Nesse mesmo ano, abandonou o rádio e somente retornou em 1939, ingressando na Rádio Nacional, onde trabalhou seis anos.

Entrou para a história da MPB a partir de 1942, por manter um tórrido romance com o cantor Orlando Silva, cujos altos e baixos provocaram sério desequilíbrio emocional no grande intérprete fazendo-o ingressar nas drogas. Disso resultou o afastamento de Orlando da cena artística por alguns anos.

Em 1940 gravou com Barbosa Júnior a marcha "Hino da alegria" e o samba "Foi você", ambas da dupla Juraci Araújo e Gomes Filho. Em 1945 esteve em Montevidéu, Uruguai, e Buenos Aires, Argentina, realizando programas para a Rádio El Mundo. Em 1946 foi para a Rádio Globo.

Conhecida principalmente como intérprete de radionovelas brasileiras, foi uma das pioneiras e considerada a melhor radioatriz da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, até 1954, destacando-se sua atuação em "Os amores de George Sand", na Mayrink Veiga, e "Romance da eternidade", na Nacional.

Gravou dois discos pela Victor e cinco pela Columbia, num total de sete 78 RPMs no período 1933/40.

Morreu tragicamente em um incêndio em seu apartamento na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Cantoras do Brasil

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