domingo, 25 de novembro de 2012

Castro Barbosa

(Sabará/MG, 07/5/1905 ******** Rio de Janeiro/RJ, 20/4/1975)

Joaquim Silvério de Castro Barbosa artisticamente conhecido como Castro Barbosa foi, além de cantor, humorista.

Em 1931, quando trabalhava no Lóide Brasileiro, fez um teste na Rádio Educadora, do Rio de Janeiro, sendo apresentado a Almirante, que o convidou a participar de um programa. Na emissora ficou conhecendo Noel Rosa, Custódio Mesquita, Nonô e Francisco Alves. Convidado pelo compositor André Filho, gravou seu primeiro disco em fevereiro de 1931, com a marcha "Uvinha" (André Filho) e o samba "Tu hás de sentir" (Heitor dos Prazeres), pela Parlophon. Gravou também, na Brunswick, o samba "Tá de mona" (Maércio e Mazinho), com o Bando da Lua.

Por essa época, conheceu Jonjoca (João de Freitas Ferreira), com quem formou uma dupla para concorrer com Mário Reis e Francisco Alves. Levado por Paulo Neto para a gravadora Victor, foi apresentado ao diretor artístico Rogério Guimarães. Nessa gravadora lançou, em 1931, "Sinto falta de você" e "A cana está dura", ambas de Jonjoca e gravadas pela dupla, seguindo-se mais 20 gravações até 1933.

Lançou a rumba "Aqueles olhos verdes" (Menendez, versão de João de Barro), em 1932; os sambas "Vou pegá Lampião" (J. Tomás) e "Carioca", e o fox-samba "Flor de asfalto" (ambas de J. Tomás e Orestes Barbosa), em 1933.

Para o Carnaval de 1932, gravou a marcha "O teu cabelo não nega" (Irmãos Valença e Lamartine Babo), que se transformou num dos maiores sucessos carnavalescos de todos os tempos, e "Passarinho... passarinho" (Lamartine Babo).

A partir daí foram vários os seus sucessos carnavalescos, como, em 1937, "Lig-lig-lig-lé" (Osvaldo Santiago e Paulo Barbosa); em 1942, "Praça Onze" (Herivelto Martins e Grande Otelo) e, em 1943, "China pau" (João de Barro e Alberto Ribeiro).

Outras gravações de destaque foram a marcha "A maior descoberta" (Índio), em dupla com Almirante, no Carnaval de 1934; a marcha "Vou espalhando por aí", em dupla com Carmen Miranda, em 1935; a valsa "Dona Felicidade" (Benedito Lacerda e Nestor Tangerini), em 1937; e a canção "Festa iluminada" (Gomes Filho), em 1942.

De 1931 a 1951, em 78 rpm, gravou cerca de 82 discos, com 148 músicas, sendo poucas as gravações depois de 1944. Trabalhou em várias estações de rádio, mas sua grande oportunidade nesse meio surgiu no Programa Casé, da Rádio Philips.

Em 1937 foi convidado por Renato Murce para substituir o ator Artur de Oliveira no Programa Palmolive, da Rádio nacional, ao lado de Dircinha Batista e Jorge Murad, atuando como cantor e humorista. Continuou nessas duas atividades e foi convidado por Lauro Borges para fazer programa que marcaria época na história do rádio brasileiro, o PRV-8, depois PRK-30, levado ao ar na Rádio Mayrink Veiga, na Rádio Clube do Brasil e, mais tarde, em São Paulo SP com o nome de PRK-15. Nesse programa ficou famoso com a caracterização de português.

Com o advento da televisão passou para a TV Paulista por mais quatro anos e, retornando ao Rio de Janeiro em 1959, lançou na TV-Rio o programa Só Tem Tantã, com Chico Anísio no papel principal, mais tarde transformado em quadro do Chico Anísio Show. Chico Anísio e Sérgio Porto escreviam e apresentavam quadros humorísticos em seu programa, entre os quais ficaram famosos "Feira livre", "Só tem tantã" e "Coral dos Bigodudos".

Durante oito meses atuou no programa de Renato Murce na TV-Rio, fazendo "As piadas do Manduca" (também um antigo programa de sucesso na época do rádio), "Seu Ferramenta" e a "PRK-30".

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

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