domingo, 25 de novembro de 2012

Júlia Martins

( Rio de Janeiro/RJ, 1890 -------- Rio de Janeiro/RJ, 1936 )

Uma das cantoras pioneiras nas gravações de discos no Brasil. Atriz do teatro de revista, foi contratada pela Victor Record em 1912, estreando em discos cantando em duetos com o intérprete João Barros.

Em 1913, foi contratada pela Odeon. Em janeiro desse ano gravou em dueto com Eduardo das Neves "A cocote e o marchante", do próprio Eduardo das Neves. Em seguida, gravou a canção "Caraboo", composição do norte americano Sam Marshal e que fez enorme sucesso na versão de M. Albuquerque no carnaval do ano anterior. No mesmo ano, gravou o lundu "A flor da pitangueira", música que cantava na revista "República do amor", um destaque de seu repertório teatral. Também em 1913, gravou com o cantor Bahiano, os duetos "A vassourinha" (Felipe Duarte e Luiz Filgueira), e "O engraxate" (B. Esfolado), "O retrato e a flor", e "A cigana e o feiticeiro", de autores desconhecidos, e de autoria do próprio Bahiano as faixas "Cidade Nova e Saco do Alferes", "Ai que gostos", e "O vagabundo e a mulata". Também gravou "A viola está magoada", que contou com acompanhamento do Grupo da Casa Edison e que aparece no selo com a denominação de "samba", quatro anos antes da gravação de "Pelo telefone", que ficou consagrada como o primeiro samba gravado, talvez pelo sucesso maior. Ainda desse ano, é sua gravação da cançoneta "A mulatinha", de Chiquinha Gonzaga e Patrocínio Filho, e com Eduardo das Neves, o batuque sertanejo "Cabocla de Caxangá", de Catulo da Paixão Cearense, que caracterizou pela primeira vez uma composição designada como de cunho regional. Ainda em 1913, atuou na revista "Chegou o Neves", juntamente com Ciniro Polônio, Brandão Velho, e Mercedes Vila. Foi nessa revista, que Pixinguinha, então com apenas 16 anos estreou nos palcos.

Por volta de 1914, gravou em dueto com o tenor Tomaz de Souza "A vassourinha", de Felipe Duarte e Luiz Filgueira. Gravou um total de vinte discos.

Fonte: Site Cantoras do Brasil.

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