(Lisboa/Portugal. 25 de outubro de 1921 ****** Rio de Janeiro/RJ, 24 de fevereiro de 1997)
Ester de Abreu Pereira era irmã da também cantora Gilda Valença.
Iniciou a carreira cantando em programas radiofônicos dedicados ao público infantil, em Portugal.
Em 1940 começou a cantar profissionalmente na Rádio Nacional de Lisboa.
Em 1946 venceu um concurso na mesma rádio, da qual passou a fazer parte do "cast" de artistas. Excursionou diversas vezes por Portugal.
No ano de 1948 recebeu convite para vir ao Brasil fazer uma temporada de dois meses no Copacabana Palace Hotel, no espetáculo "Sonho nas Berlengas". Acabou ficando no Rio de Janeiro definitivamente, sendo contratada pela Rádio Nacional.
Estreou em discos no Brasil em 1950, gravando na Continental o fado canção "Já não sei", de Antônio Mestre e o fado "Pomar da vida", de Renê Bittencourt e Antônio Mestre. No ano seguinte gravou o fado baião "Ai, ai Portugal", de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga e o baião "Carro de boi", de Humberto Teixeira e Caribé da Rocha.
Em 1952, gravou pela Sinter seu maior sucesso, o fado-canção "Coimbra (É uma lição de amor)", de José Galhardo e Raul Ferrão. No ano seguinte gravou para o carnaval a marcha "Cabral no carnaval", de Blackout. Entre 1952 e 1953, teve um romance com o então prefeito do Distrito Federal, Coronel Dulcídio do Espírito Santo Cardoso, relacionamento que mereceu fortes reportagens na imprensa e em revistas especializadas. Em 1954 gravou de Paulo Tapajós e Jorge Henrique a canção "Quero-te outra vez". No mesmo ano lançou seu primeiro LP, pela RCA Victor.
Tanto por sua beleza pessoal, quanto por sua ligação sentimental com o então prefeito do Distrito Federal, Cel. Dulcidio do Espírito Santo Cardoso, obteve grande popularidade, na década de 1950, tendo por inúmeras vezes merecido a capa das revistas Radiolândia e Revista do Rádio.
Em 1955 gravou o fox "Gosto milhões", de Cole Porter, com versão de Haroldo Barbosa e o "Samba no Havaí", de Bruno Marnet e Irani de Oliveira. No ano seguinte gravou com Ivon Curi o samba "Pequena do contra", de Renê Bittencourt. Em 1957 gravou de Fernando César e Dolores Duran, a toada "Só ficou a saudade" e de Irani de Oliveira e Lourival Faissal o fado "Canção do imigrante".
Já na década de 60, em 1962, lançou pela Continental o bolero "Que Deus me dê", da dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia.
Até a década de 1970, quando encerrou a carreira artística, a cantora não gravou apenas fados e canções, mas também vários gêneros populares brasileiros como sambas-canções, baiões e marchinhas de carnaval.
Também destacou-se no cinema, atuando nos filmes:
1976 - As Aventuras de Um detetive Português
1973 - Como Evitar o Desquite
1957 - Pirata do Outro Mundo
1956 - Vamos Com Calma
Fonte: Cantoras do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário