(Rio de Janeiro/RJ, 1888)
Cantor. Quase homônimo do famoso compositor Braguinha, que também utilizou por muito tempo o nome artístico de João de Barro, atuou na década de 1910, quando chegou a gravar diversos discos, alguns dos quais registrando canções importantes do cancioneiro nas décadas iniciais do século XX.
Contratado pela Victor Record, gravou seus primeiros discos em 1912 quando registrou os lundus "O caboclo", "O caixote", "Paixão escura", "A flauta", e "A mulher é o diabo", as modinhas "O meu ideal", "Foi engano", "Carmen", "Hermínia", "Canção do índio", "O nome de quem adoro", "Perdão Miloca", "A brisa dizia à rosa", e "Um dia louco", as canções "O boiadeiro", e "O rouxinol e o colibri", e as cançonetas "Arte nova" e "Maquinas de mão", todas de autores desconhecidos. Gravou também as cançonetas "Todos comem", de Luiz Moreira, "O chefe da orquestra", de L. Grugloff, "O sol que brilha", de E. di Capua, e "O angu do barão', de Ernesto de Souza, além do xote "Benzinho", de Anacleto de Medeiros, e a polca-tango "Quitutes", de Leonardo de Santana.
Na mesma época, gravou diversos duetos com a atriz e cantora Júlia Martins, quando interpretaram as canções "Brasileiro pancrácio", "Os paraguas" "Pst, pst", e "Ali... A preta", e a marcha "A despedida", de autores desconhecidos, além do tango "A Capital Federal", de Nicolino Milano. Na mesma época, gravou a célebre marcha "Santos Dumont", de Eduardo Das Neves, homenagem aos feitos do aviador Santos Dumont. Foi também um dos primeiros a gravar duas famosas composições da música popular brasileira, as modinhas "Talento e formosura", de Edmundo Otávio Ferreira e Catulo da Paixão Cearense, e "Na casa branca da serra", de Miguel Emídio Pestana e Guimarães Passos.
Além de apresentar-se em teatros atuando em revistas de variedades, gravou um total de 54 discos pela Victor Record.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.
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