(São Paulo/SP, 12 de abril de 1929 -------------- Rio de Janeiro/RJ, 30 de maio de 1992)
Iolanda Ribeiro Angarano, conhecida no meio artístico como Zilá Fonseca, nasceu em São Paulo, onde deu início a sua carreira artística.
Em 1949, casou-se com Osvaldo Luís, na época locutor da Rádio Mayrink Veiga. Durante muito tempo foi considerada uma especialista na arte de cantar tangos e boleros.
Em 1939, foi contratada pela Rádio Tupi de São Paulo. Em seguida, transferiu-se para o Rio de Janeiro, passando a atuar na Rádio Mayrink Veiga. Em 1938, lançou pela Columbia, seu primeiro disco, com acompamento de Antônio Rago e seu conjunto regional, interpretando a marcha "Se ele perguntar por mim" e o samba "Fiz esta canção", ambas do compositor Sereno.
Em 1940, participou do filme "Vamos cantar", dirigido por Leon Marten. No mesmo ano lançou dois de seus grandes sucessos, a marcha "A charanga do Oscar", de Malfitano, Silva Araújo e Geraldo Mendonça e o samba "Sei lá si tá", de Valfrido Silva e Alcir Pires Vermelho. Em 1942, gravou na Victor as marchas "A vontade do freguês", de Malfitano e Jorge Faraj e "Olha a conga", de Malfitano e Silva Araújo.
Em 1945, foi contratada pela Odeon e lançou os sambas "Já não posso mais", de Milton de Oliveira e Gilberto de Carvalho e o grande sucesso de "Muita gente no samba", de autoria de Ari Monteiro. No ano seguinte gravou "Nicanor vai ser chutado", samba de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira.
No ano de 1948 Zilá Fonseca transferiu-se para a Star, onde gravou "Quero um samba", de Assis Valente e Júlio Zamorano "Onde vamos morar" de Antonio Valentim dos Santos e Aldacir Evangelista e o grande sucesso "A aurora vem raiando", de Nelson Trigueiro. Em 1949, atuou no filme "Estou aí", com direção de José Cajado Filho.
Zilá Fonseca foi contratada, em 1951, pela Todamérica, estreando com a marcha "Meu barracão não cai", de Valdir Gonçalves e Irani de Oliveira e o samba "Nome manchado", de Paulo Marques e Alice chaves. Em 1952 gravou o baião "A jangada não vem", de sua parceria com Osvaldo Silva e o samba "Agradeço a você", de Altamiro Carrilho e Armando Nunes. No ano seguinte, retornou para a Columbia e gravou o samba canção "Jerusalém", de Castro Perret e a canção "Noite de luz", de Gruber e Ossaldo Moles.
Em 1954, gravou com Cauby Peixoto o bolero "Vaya com Dios", de Russel, James e Pepper, com versão de Joubert de Carvalho e o baião "Elvira", de Rômulo Paes e Henrique de Almeida. No ano seguinte gravou o clássico samba "A voz do morro", de Zé Keti. Em 1956, registrou o samba "Vingança de pobre", de Hianto de Almeida e Francisco Anysio e no ano seguinte o samba "Se acaso você chegasse", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins. No mesmo ano, foi lançada pela Columbia a coletânea "Zila Fonseca" com oito sucessos dela: os boleros "Contigo", de C. Estrada, e versão de Julio Nagib, "Desamparada", de Alfredo Gil, e versão de Cauby de Brito, e "Dissimuladamente", de Nelson Sheffick, Romulo Paes e Henrique de Almeida, os sambas-canção "Dois estranhos", de Oldemar Magalhães e Alberto Costa, "Conflito", de Nazareno de Brito e Hianto de Almeida, e "Sonhei", de Aldacir Louro e Jair Maia, e as valsas "Se valsarmos outra vez", de S. Prosen, e versão de Ataliba Santos, e "Sob o céu de Paris", de Drejac e Giraud, e versão de Osvaldo Quirino.
Em 1957, ficou em segundo lugar na votação popular para a escolha da "Rainha do Rádio" recebendo 159.580 votos. Ainda no mesmo ano, lançou pela Columbia o LP "Zilá Fonseca" no qual interpretou os tangos "Exagerada", de Linda Rodrigues e Fausto Guimarães, e "Cantando", de Mercedes Simone, e versão de Virgínia Amorim, os sambas "Fita meus olhos", de Peterpan, "Sin ti", de P. Guizar e versão de Rodolfo Vila, e "A Voz do morro", de Zé Keti, o beguine "Verão em Veneza (Summertime in Venice)", de Icini e C. Sigman, com versão de Ribeiro Filho, o bolero "Minha oração (My prayer)", de G. Boulanger e J. Kennedy, e versão de Cauby de Brito, e a canção "Anahí", de O. Sosa Cordero e versão de José Fortuna. Em 1958, gravou ainda pela Columbia o LP "Sambas da saudade - Vol. II" cantando os sambas "Se acaso você chegasse", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, "Pelo amor que eu tenho a ela", de Ataulfo Alves e Antônio Almeida, "Agora é cinza", de Alcebíades Barcelos "Bide" e Armando "Marçal", "Implorar", de Germano Augusto, Kid Pepe e João Gaspar, "O orvalho vem caindo", de Noel Rosa e Kid Pepe, "Diz que tem", de Haníbal Cruz e Vicente Paiva, "Aperto de mão", de Jaime Florence "Meira", Horondino Silva "Dino" e Augusto Mesquita, e "Choro sim", de Ismael Silva.
Já no ano de 1960 Zilá participou do LP "Carnaval do povo" da gravadora Columbia cantando a marcha "Arruma a trouxa", de João de Oliveira e Castelo. Em 1963, gravou cinco marchas para o LP "Carnaval maravilhoso" da Magisom, que contou com as participações de vários artistas: "Maria Maria", de Serafim Adriano, Angarano Filho e Ilton Aberrian, "Molhei de lágrimas", de José Garcia, Jorge Martins e Nadir Cunha, "No tempo da vovó", de Gilberto Martins e Nadir Cunha, "Separação", de Roberto Martins e Waldemar Gomes, e "Quem não tem razão", de Luis Reis e Miguel Gustavo. Gravou ainda na Chantecler e nos pequenos selos Sarau e Ritmos.
Foi casada com o locutor Oswaldo Luiz, reconhecido como um dos três mais importantes locutores da história do rádio brasileiro, ao lado de César Ladeira.
Seu "slogan", dado por Cesar Ladeira era "a morena que tem glamour".
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.
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