segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pixinguinha

(Rio de Janeiro/RJ, 23 de abril de 1897 — Rio de Janeiro/RJ, 17 de Fevereiro de 1973)

Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de abril de 1897.

Pixinguinha foi um flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente.

Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. Contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.

Pixinguinha foi um menino prodígio, tocava cavaquinho com 12 anos. Aos 13, passava ao bombardino e a flauta. Até hoje é reconhecido como o melhor flautista da história da música brasileira. Mais velho trocou a flauta pelo saxofone, pois não tinha mais a firmeza e embocadura necessárias.

Aos desessete anos, Pixinguinha gravou suas primeiras instrumentações, vindo no ano seguinte a gravar suas primeiras composições, "Rosa" e "Sofres Porque Queres".

Em 1919, Pixinguinha formou o conjunto "Oito Batutas", formado por Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e Donga no violão, dentre outros músicos. Fez sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos até então só conhecidos nos subúrbios cariocas.

Em 1922, Pixinguinha teve uma experiência que transformou significativamente sua música. Um milionário patrocinou a viagem de Pixinguinha e de seu grupo, "Os 8 Batutas", para uma turnê européia. A temporada em Paris que deveria ser de um mês durou seis meses, tendo que ser interrompida devido a compromissos já assumidos no Brasil.

Na Europa, Pixinguinha travou contato com a moderna música européia e com o jazz americano, então moda em Paris.

Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917 e "Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado por terem sido consideradas composições com uma inaceitável influência do jazz.

Outras composições de Pixinguinha, entre centenas, são "Rosa", "Vou Vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele Tempo" e "Sofres porque Queres".

Normalmente reconhecido "apenas" por ser um flautista virtuoso e um compositor genial, costuma-se desprezar seu lado de maestro e arranjador. Pixinguinha criou o que hoje são as bases da música brasileira. Misturou a então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo genuínamente brasileiro. Arranjou os principais sucessos, da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros.

Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil. Era um músico profissional quando boa parte dos mais importantes músicos eram amadores, dado que os principais chorões eram funcionários públicos e faziam música nos horários de lazer. Pixinguinha foi antes de tudo um pesquisador de música, sempre inovando e inserindo novos elementos na música brasileira.

No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.

Pixinguinha faleceu na igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, em 17 de Fevereiro de 1973, quando seria padrinho de um batizado.


Fontes: Site Oficial Pixinguinha, Wikipedia, Samba-Choro

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